Nos últimos 15 anos, de 2010 a 2024, o Brasil registrou um fluxo migratório de mais de dois milhões de pessoas. Os dados são do Boletim das Migrações, divulgado em outubro pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Desses, mais de um milhão são migrantes, seja com residência permanente, temporária ou fronteiriços.
Além disso, o país reconheceu 146 mil pessoas como refugiadas e recebeu 450 mil solicitações de reconhecimento da condição de refugiado. O refúgio é uma proteção legal internacional. Refugiados são aqueles que foram forçados, por diversos motivos, a sair do país de origem, seja por questões religiosas, políticas ou por violações de direitos humanos. A condição de refugiado precisa ser reconhecida pelo governo brasileiro.
Entre os países com o maior número de migrantes e refugiados no Brasil estão Venezuela, Haiti, Bolívia, Cuba, Síria e República Democrática do Congo.
A secretária executiva do Serviço Pastoral dos Migrantes, Maria Ozânia Silva, explica que a pastoral atua junto aos migrantes, refugiados, apátridas, deslocados internos, deslocados por mudanças climáticas e forçados por tragédias ambientais.
Muitas vezes, a migração é acompanhada por situações de fome, subemprego, preconceito e exploração sexual, como denuncia a secretária executiva da Pastoral dos Migrantes, Maria Ozânia Silva.
Em 2023, 4 em cada 10 refugiados reconhecidos no Brasil eram crianças ou adolescentes. Nesse cenário, é fundamental a atuação dos líderes da Pastoral da Criança, especialmente em áreas com alto fluxo migratório. Os líderes podem cooperar com a Pastoral dos Migrantes e com a Cáritas para auxiliar na garantia do acesso à saúde, nutrição, educação e cidadania dessas pessoas, especialmente das crianças.