No Amazonas, flexibilização e uso de máscaras devem andar juntos, alerta infectologista

O Brasil já possui mais de 601 mil registros de mortes por Covid-19. Só no Amazonas, de acordo com a FVS, até essa terça-feira são 13.747 óbitos. O Estado está na fase amarela quanto as restrições estabelecidas devido a Covid-19. Para estabelecer esta nova etapa, a FVS – Fundação de Vigilância em Saúde – levou em consideração a baixa transmissibilidade do vírus, o número de casos da doença e de óbitos. Com isso, novos protocolos foram estabelecidos pelo Governo do Estado, como a liberação para eventos esportivos e grandes eventos a partir do dia 1º de novembro. Este novo cenário pandêmico no Estado não pode alterar alguns hábitos adquiridos. O infectologista Antônio Magela da Fundação de Medicina Tropical alerta que a flexibilização não pode ser confundida com abolição de determinadas medidas.

O industriário Kleiner Soares foi uma das vítimas da Covid-19 durante a segunda onda. Os momentos difíceis só fortaleceram as suas concepções em relação ao uso da máscara.

Em Manaus, o uso da máscara é obrigatório desde junho de 2020 após lei publicada em Diário Oficial. A medida entrou em vigor após a primeira onda de casos de Covid-19 no Amazonas. Mesmo assim, ainda é comum encontrar pessoas sem o item. Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios com 1960 cidades aponta que 63,9% das cidades pretendem manter a obrigatoriedade do uso de máscara mesmo que a população esteja com o ciclo de imunização completo e 2,4% desejam acabar com a exigência. Na contramão destes dados, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defende a desobrigação do uso deste item de proteção individual e aposta em conscientização.

As máscaras atuam como uma barreira física para a liberação de gotículas no ar durante conversas, espirros e tosse. De acordo com a OMS, em países como o Brasil, onde há transmissão comunitária é indicado o uso sempre que as pessoas estiverem em ambientes coletivos. No entanto, em alguns municípios do Brasil o uso obrigatório da máscara já foi suspenso. O infectologista Magela ressalta que no Amazonas a utilização do item é fundamental já que no próximo mês inicia o inverno amazônico.

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

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