Negociação será retomada quando professores voltarem às salas de aula, afirma governo do AM

O governo do Amazonas informou, nessa terça-feira (23), por meio de nota que só retomará a roda de negociação com os representantes da categoria quando os professores retornarem às salas de aula.

greve

Ainda segundo a publicação, no último dia 18, em reunião com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) e membros da Assembleia Legislativa, o estado sinalizou o reajuste imediato de 8% da data base, retirada das faltas dos trabalhadores da educação pelos dias de greve, estudo para pagamento de progressões por titularidade e tempo de serviço e negociação referente ao fim da ação pública, junto ao Tribunal de Justiça, que proibiu o movimento grevista, com a contrapartida de que as aulas fossem retomadas imediatamente.

O governo do estado reforça que enquanto a paralisação ilegal continuar, os profissionais envolvidos no movimento terão os dias não trabalhados descontados, conforme assegura a legislação trabalhista e a justiça.

O que diz o Sinteam

Por outro lado, o Sinteam esclareceu nessa terça-feira (23), que ilegal é descumprir a data-base e as progressões por titularidade e por tempo de serviço de professores que se dedicam para ensinar filhos e filhas dos amazonenses que pagam seus impostos em dia.

O posicionamento do Sindicato afirma que ilegal é não negociar com o representante legítimo de uma categoria, mesmo após inúmeras tentativas de diálogo. Conforme a nota, o reajuste salarial quanto as progressões são previstos em Lei, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, desde 2013.

A publicação ainda diz que a liminar a que o governo do estado se refere não é definitiva. Cabe recurso e o sindicato está cuidando judicialmente desse assunto. Além disso, o governo não tinha contraproposta para oferecer no dia 18 de maio, 71 dias após receber a pauta de reivindicação dos trabalhadores.

A categoria também afirma que o estado alega que houve redução de arrecadação nos primeiros meses de 2023. Mas escondem que em 2022, o estado atingiu todos os recordes de arrecadação e, mesmo assim, não pagou o reajuste de 10,54% previsto em lei, e nem o retroativo das datas-bases 2020 e 2021.

Com informações do Governo do AM e Sinteam

Fotos: Rádio Rio Mar