O Amazonas registrou 49 mortes por afogamento no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). Até junho, o número de óbitos ocasionados por acidentes com água cresceu 11%. Somente em Manaus, 22 pessoas perderam a vida por causa de acidentes em balneários, rios e piscinas particulares.
Conforme os indicadores da SSP-AM, a maioria das vítimas fatais é do sexo masculino, com idades entre 11 e 35 anos. No interior, ainda segundo os dados estatísticos, a maior parte das vítimas de afogamento está na faixa etária de 35 a 64 anos.
Locais isolados e de difícil acesso, como igarapés ou flutuantes, foram os que mais registraram casos de afogamentos, já que a grande maioria não possui sinalizações de profundidade, boias de delimitação ou mesmo contam com a presença de salva-vidas, profissionais essenciais nesses ambientes. No interior, o número de afogamentos está atrelado à cheia dos rios. Nessas localidades, além da água, galhos e pedras também propiciam acidentes que podem levar à morte.
Embora os ambientes afastados sejam mais favoráveis a afogamentos, balneários e piscinas residenciais também precisam da máxima atenção dos banhistas, principalmente daqueles que são responsáveis por crianças. Até maio deste ano, na capital, três pessoas, entre 12 e 34 anos, morreram afogadas nesses locais. No interior, uma mulher e uma criança também foram vítimas em balneários.
Medidas de prevenção
Para evitar situações perigosas nessas atividades aquáticas, é importante ficar atento e seguir as recomendações de profissionais capacitados neste tipo de situação. O cabo Evandro Moreira, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), que atua há oito anos como salva-vidas na praia da Ponta Negra, zona oeste de Manaus, orienta as medidas que devem ser tomadas nesses ambientes.
“Ficar atento se a pessoa retornou após um mergulho, não ingerir bebidas alcoólicas, principalmente, se estiver responsável por crianças. Se perceber alguma movimentação estranha na água, acionar imediatamente os salva-vidas e, caso esteja em um ambiente sem a presença dos profissionais, ligar para o número 193 para o socorro ser o mais rápido possível”, orientou.
Com informações da Assessoria
Foto: Carlos Soares / SSP-AM