Monsenhor Hudson Ribeiro é ordenado bispo auxiliar para a Arquidiocese de Manaus
“Ministrare non ministrari” (Servir e não ser servido)
Nesta sexta-feira, 02/02, o Monsenhor Joaquim Hudson de Souza Ribeiro foi ordenado bispo auxiliar para a Arquidiocese de Manaus, em uma cerimônia realizada no Santuário São José Operário. A celebração foi presidida pelo Cardeal Leonardo Steiner, com a participação dos bispos co-ordenantes, Dom Luiz Soares Vieira, arcebispo emérito da Arquidiocese de Manaus, e Dom Mário Antônio da Silva, arcebispo de Cuiabá.
A Ordenação Episcopal contou com a presença de bispos do Regional Norte 1 (Amazonas e Roraima), Regional Norte 2, bispos do Regional Noroeste, presbíteros e diáconos do clero local, religiosos, leigos, autoridades civis e políticas, familiares e amigos do Monsenhor Hudson Ribeiro. Durante a procissão de entrada, o Cardeal Leonardo Steiner pediu a benção da mãe do Monsenhor Hudson, a Senhora Rosa de Souza Ribeiro, marcando o início de sua jornada episcopal.
O rito de ordenação ocorreu após a Proclamação do Evangelho. Monsenhor Sabino de Andrade apresentou o eleito ao Cardeal Steiner, e o Padre Cândido Cocaveli leu a Carta do Papa Francisco, que nomeia Padre Hudson como bispo auxiliar para a Arquidiocese de Manaus. Na homilia, Dom Leonardo destacou a identidade amazônica do Monsenhor Hudson, moldado para a igreja missionária.
A ordenação do bispo seguiu com a Ladainha de Todos os Santos, seguida pela unção da cabeça com o livro dos evangelhos e o óleo do crisma sobre toda a cabeça. O bispo recebeu vestimentas litúrgicas, como o anel, símbolo da aliança do bispo com sua igreja, o báculo como sinal do pastor, e a mitra representando a plenitude do Espírito Santo.
Em um gesto emocionante, Monsenhor Hudson solicitou a presença da Comunidade Católica Nova e Eterna Aliança na ordenação, junto ao povo da rua. Uma moradora de rua exibiu um cartaz com os dizeres: “Parabéns Bispo, pela meta 2024 realizada”. Após paramentar-se, Dom Hudson Ribeiro abençoou o povo durante sua caminhada no meio da multidão.
As homenagens incluíram a participação da Promotora do Ministério Público do Trabalho, Dra. Alzira Melo, a integrante da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, Amanda Ferreira, e o Reitor do Seminário Arquidiocesano São José, Padre Pedro Cavalcante.
Em seus agradecimentos, Dom Hudson Ribeiro relembrou suas passagens por diversas igrejas, seu percurso como presbítero, e a amizade com grupos de comunidades de terreiros de matrizes africanas, o povo da rua, caritas arquidiocesana, movimento negro, artistas locais, pastoral da juventude, entre outros. Ele expressou sua intenção de caminhar para a igreja como aquele que serve.
Rafaella Amorim , Rádio Rio Mar
Imagens colaboração: Arthur Amorim
Brasão
Os elementos presentes são os mesmos que compuseram a arte da ordenação diaconal e sacerdotal, e agora são assumidos no brasão episcopal. Todos os elementos expressam o serviço e constituem fundamentalmente a continuidade do compromisso e da caminhada de vida do bispo eleito, a partir dos ensinamentos do Mestre: servir e não ser servido.
Do centro do brasão, onde se encontram o lava-pés (Eu lhes dei um exemplo, para que vocês façam do mesmo modo como eu fiz, Jo 13,15) e os cinco pães e dois peixes (Dai-lhes vós mesmos de comer, Mt 14,16), emanam as outras expressões de serviço: aos enfermos, às crianças e adolescentes, aos idosos, às pessoas abandonadas e em sofrimento. Todos os elementos são perpassados pela Cruz:
sinal de amor, de entrega, de sacrifício e de vitória sobre a morte daquele que nos deu a vida, para que a vida seja cuidada e promovida, nas diversas expressões de serviço, sinais do Ressuscitado, presente no meio do nós.