Em média, 265 brasileiros são internados diariamente no Sistema Único de Saúde (SUS) por complicações graves relacionadas ao câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal. O número, identificado ao longo de 2022, atingiu o maior patamar da década, conforme levantamento da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), como explica o Chefe do serviço de endoscopia da Fundação Cecon, Dr. Marcelo Tapajós.
‘’O câncer colorretal é um tumor maligno que ocorre nessas regiões do trato digestivo, e de acordo com os dados recentes do INCA, nos próximos três anos ele é o que aparece no segundo lugar em incidência e também o terceiro em mortalidade’’, destacou o especialista.
Ao logo de todo este mês, as associações médicas envolvidas no levantamento divulgam uma campanha nacional de conscientização e prevenção do câncer de intestino chamada Março Azul, onde os especialistas chamam a atenção dos brasileiros sobre a necessidade de conjugar prevenção, diagnóstico e tratamento precoce.
A orientação é que, a partir dos 45 anos, todos procurem um médico para avaliar a saúde do intestino. Cerca de 90% dos casos têm origem a partir de um pólipo, tipo de lesão na mucosa do intestino que pode se transformar em câncer. Em uma colonoscopia, por exemplo, esses pólipos podem ser retirados, prevenindo a doença. Em casos de histórico de família, é importante que a avaliação seja feita antes mesmo dos 45 anos.
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‘’O tratamento ele vai depender da fase em que o diagnóstico é realizado, ele pode passar por uma cirurgia, pode ser através da quimioterapia, pode ser em fases avançadas, um tratamento apenas paliativo e pode também em uma fase muito Inicial, o tratamento por apenas endoscópico. Então é importante lembrar, que nessas fases iniciais do tumor geralmente é assintomático, por isso que é importante o rastreamento desse tumor nessa fase inicial a sua cura chega próximo a 100%’’, disse o médico.
Como formas de prevenir o surgimento de novos casos, os especialistas alertam para o combate ao tabagismo, ao alcoolismo, ao sedentarismo, ao consumo excessivo de carnes vermelhas e a dietas pobres em fibras. Todos esses fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar