O 2º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), de 2023, realizado no período de 6 a 22 de novembro, apontou um índice de infestação predial de 1,5%, mantendo Manaus em médio risco para as doenças transmitidas pelo mosquito.
Com a análise dos dados, é possível identificar o nível de infestação no município, que pode ser baixo (menor que 1,0), médio (compreende valores entre 1,0 e 3,9) ou alto (4,0 ou maior).
Segundo a gerente de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores (Gevam/Semsa), Alinne Antolini, o LIRAa também realiza o levantamento do Índice Breteau (IB), que indica o percentual de depósitos com focos de mosquitos, e que apresentou um índice de 2,1%.
Na avaliação, foi identificado que os depósitos que mais contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, em Manaus, são os do tipo B, que são os depósitos móveis, como vasos, frascos com água, pratos, pingadeiras e bebedouros, representando 30,3% dos depósitos predominantes. Isso mostra a necessidade de uma participação mais efetiva da população nas ações de controle do Aedes, especialmente na eliminação de criadouros, uma vez que esse tipo de recipiente é encontrado, principalmente, nas residências, alerta Alinne Antolini.
Já os depósitos de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, barris e tinas, representaram 29,9% dos depósitos identificados. Os recipientes do tipo lixo, garrafas, latas e ferro velho são 25,4% dos depósitos encontrados.
Mapa
O Mapa de Vulnerabilidade aponta que Manaus tem nove bairros em Alta Vulnerabilidade: Redenção, Alvorada, Lírio do Vale e Compensa (Disa Oeste); Cidade Nova e Novo Israel (Disa Norte); Jorge Teixeira (Disa Leste); e Morro da Liberdade e Aleixo (Disa Sul).
Os bairros de baixa vulnerabilidade são: Santo Antônio, Dom Pedro, Vila da Prata e São Raimundo (zona Oeste); Parque 10 de Novembro, Nossa Senhora de Aparecida, Centro, Chapada, Adrianópolis e São Geraldo (zona Sul); Colônia Antônio Aleixo e Mauazinho (zona Leste); Flores, Vila Buriti, Betânia, Cachoeirinha, Educandos, Crespo; Lago Azul (zona Norte).
Os bairros de média vulnerabilidade são: Tarumã-Açu, Tarumã, Planalto, bairro da Paz, Nova Esperança, Santo Agostinho, São Jorge, Ponta Negra e Glória (zona Oeste); Santa Etelvina, Colônia Terra Nova, Monte das Oliveiras, Cidade de Deus, Novo Aleixo, Nova Cidade e Colônia Santo Antônio (zona Norte); Armando Mendes, Distrito Industrial 2, Zumbi, Puraquequara, São José, Coroado, Tancredo Neves e Gilberto Mestrinho (zona Leste); e Distrito Industrial 1, Presidente Vargas, Petrópolis, Raiz, Nossa Senhora das Graças, São Francisco, Praça 14, Santa Luzia, Colônia Oliveira Machado, São Lázaro e Japiim (zona Sul).
Casos
Dados do Ministério da Saúde mostram que, de janeiro a 24 de novembro deste ano, Manaus registrou 2.490 casos notificados de dengue, o que representa um aumento de 25%, em relação ao mesmo período do ano passado. Já em relação aos casos confirmados, a capital registrou, este ano, 549 casos, em uma redução de 50,1%, em relação ao mesmo período de 2022.
Além de casos de dengue, a capital registrou este ano 58 casos notificados de zika, em uma redução de 49,6%, em comparação ao ano passado. Foram confirmados 23 casos de zika, com baixa de 60,3% frente aos casos confirmados em 2022. O município registrou, ainda, 143 casos notificados de chikungunya, com aumento de 6,7% em relação ao ano passado. Em relação aos casos confirmados, o município apresentou 38 casos, diminuindo em 11,6%.
Com informações da assessoria
Fotos: Divulgação/Semsa