Manaus registra 92 novos casos de hanseníase em 2022, sendo oito casos em menores de 15 anos

O município de Manaus já registrou este ano, 92 casos novos de hanseníase, incluindo oito em menores de 15 anos, mantendo uma proporção de cura de 92,42% e uma taxa de abandono de tratamento de 3,03%.

Entre 2020 a 2022, o Distrito de Saúde Norte, que abrange as UBSs dos bairros da zona Norte de Manaus, possui 47 casos de hanseníase em tratamento, com o total de 432 contatos registrados no Sinan – Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Estes devem ser acompanhados por profissionais de saúde e examinados anualmente por um período de cinco anos, o que vai permitir o diagnóstico em tempo oportuno para evitar sequelas da hanseníase.

Os dados reforçam a importância do serviço de atenção à saúde primária. Para fortalecer o conhecimento dos profissionais acerca da doença, uma capacitação está ocorrendo entre os médicos que atuam em Unidades Básicas de Saúde da Família. Como destaca a chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, Ingrid Santos.

De acordo com a médica dermatologista da Fundação Alfredo da Matta, Rosa Correa, embora o tratamento da doença seja acessível, a hanseníase é um problema sério de saúde pública no Brasil e um desafio para a Atenção Primária. Na capacitação, a médica reforçou como a doença é transmitida e  os sintomas que devem ser observados.

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen.  A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa doente, sem tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros, transmitindo para pessoas sadias que convivem próximo e por tempo prolongado no mesmo ambiente.

 

Rádio Rio Mar

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