O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Amazonas (IPHAN-AM) formalizou denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal contra um empreendimento de estaleiro pelo descumprimento de embargo e pela destruição do sítio arqueológico Colônia Antônio Aleixo.
De acordo com a superintendente do IPHAN-AM, Beatriz Calheiro, ao chegar ao local, a equipe do Instituto constatou que a empresa havia prosseguido com a terraplanagem e a construção de um muro, mesmo após a notificação de embargo. Segundo o relatório de fiscalização, as escavações realizadas para a construção do muro atingiram camadas de Terra Preta Arqueológica, possivelmente destruindo urnas funerárias, fragmentos cerâmicos e materiais líticos.
A superintendente afirmou ainda que informará a Prefeitura de Manaus para que fiscalize o terreno vizinho, que está suscetível à invasão. A construção de casas nesse local também pode atingir a área protegida.
O Sítio Arqueológico Colônia Antônio Aleixo está incluído no rol de sítios arqueológicos pré-históricos. Entre as principais atividades que causaram danos à área, destacam-se a supressão da vegetação e a terraplanagem, ambas realizadas sem a anuência prévia do IPHAN no processo de licenciamento ambiental.