Instituições, como o Greenpeace, WWF Brasil, entidades de pesquisa e organizações da sociedade civil publicaram uma nota de repúdio aos ataques xenofóbicos sofridos pelo biólogo e cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Philip Martin Fearnside, durante e após uma audiência pública promovida pelo DNIT sobre a pavimentação da BR-319.
A nota afirma que discriminação é um comportamento “abominável, criminoso e inconstitucional” e que demonstra a “fragilidade e despreparo das instituições públicas responsáveis pelo processo de licenciamento das obras de repavimentação da rodovia”.
Em seu discurso, Phillip mencionou estudos sobre os impactos socioeconômicos e ao clima, como a crise hídrica e energética. Segundo o pesquisador, entre outros impactos, o fenômeno dos chamados rio voadores, que levam água da Amazônia para outras regiões do país, estaria ameaçado.
Vida dedicada à pesquisa
O biólogo e cientista Philip Martin Fearnside tem 74 anos, é doutor pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU e pesquisador titular do Inpa, em Manaus, onde vive desde 1978.
Dr Phillip também é membro da Academia Brasileira de Ciências e já recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
A nota de repúdio das instituições alerta que a repavimentação da BR-319, da forma como está sendo proposta, é um risco para a integridade da Amazônia e vai afetar profundamente a vida de milhões de pessoas.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar
Foto: Rodrigo Duarte / Greenpeace