Imigrantes venezuelanos que vivem na rodoviária de Manaus seguem sem perspectiva de atendimento

Muitos, sem perspectiva de moradia e emprego, estão ocupando as adjacências do local. São famílias indígenas e não indígenas, sobrevivendo à marginalidade social.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) informou não ter uma definição a respeito dos venezuelanos, que estão no entorno da rodoviária municipal. Com a mudança de gestão do Governo do Estado do Amazonas, a Prefeitura de Manaus se encontra em tratativas com órgãos estaduais, para tentar identificar uma resolução a esses imigrantes.

Uma reunião intersetorial de todas as instituições, tanto da prefeitura quanto do Governo, como a Seas, Sejusc, Acnur, Semasc, Semsa e Organizações da Sociedade Civil-, ocorreu nesta quinta-feira, na Sejusc, para que o plano estadual de atendimento aos venezuelanos seja restruturado. Nesta reunião foram discutidos o fluxo de atendimento aos venezuelanos e uma das metas é fazer um diagnóstico para subsidiar melhor as ações em torno dos imigrantes.

Atualmente, a Prefeitura de Manaus possui três espaços de acolhimento nos bairros do Coroado, Alfredo Nascimento e Centro. São 447 acolhidos entre venezuelanos indígenas e não indígenas. Eles estão inseridos no Plano Humanitário de Fluxo Migratório (interiorização).

Todos, segundo a administração municipal, são acompanhados por uma equipe multidisciplinar (assistentes sociais, psicólogos, interprete e antropólogo). Além do abrigo eles recebem alimentação diária e encaminhamentos para rede socioassistencial (saúde, educação e trabalho).

Ytallo Byancco – Rádio Rio Mar

Foto: Bianca Paiva/Agência Brasil