Hospital de Campanha Nilton Lins vai encerrar atividades até o fim de julho

A Secretaria de Estado de Saúde anunciou neste sábado (17) que vai encerrar o processo de requisição administrativa do Hospital de Combate à Covid-19 Nilton Lins e as atividades devem ser encerradas até o dia 31 de julho. A unidade não recebe mais pacientes e os pedidos de transferências inseridos no Sistema de Transferências de Emergência Reguladas (Sister) serão todos direcionados para o Hospital Delphina Aziz, inclusive as internações.

 

Segundo o Governo, a decisão pelo fechamento da unidade leva em consideração a “baixa e persistente ocupação de leitos do hospital, o atual cenário epidemiológico e o fato de que a requisição administrativa tem caráter temporário, exclusivo para a Covid-19, não se justificando sua permanência no atual momento”.

A requisição do Estado pelo hospital particular considera a situação de perigo público iminente, mas posteriormente o Governo deve indenizar a empresa pelo tempo de uso. O valor dessa indenização não foi informado pela Secretaria de Saúde. O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, foi preso pela Polícia Federal por supostas fraudes no contrato da unidade.

O Hospital Nilton Lins foi aberto, primeiramente, em abril do ano passado durante o primeiro pico da pandemia, depois foi fechado e reaberto no dia 26 de janeiro de 2021, com a alta demanda de internação durante o momento mais crítico da pandemia no Estado.

A unidade possui 103 leitos – 81 clínicos e 22 de UTIs. Neste sábado, há 22 pacientes internados. Em nota, a secretaria também disse que “não se justifica, pelo princípio da economicidade, manter duas grandes estruturas para a Covid-19 funcionando, quando o Hospital Delphina Aziz, com 414 leitos – 180 de UTI e 234 clínicos – atende a demanda atual”.A estrutura será mantida enquanto tiver paciente na UTI. O aporte tecnológico da unidade, de propriedade da secretaria, será direcionado para a rede estadual de saúde, que vai continuar em alerta para conversão de leitos exclusivos para a Covid-19 em uma eventual mudança de cenário epidemiológico.

Temporários – Quanto aos profissionais com contrato temporário, a secretaria está cumprindo o que diz a lei, que é comunicar previamente, com dez dias de antecedência, o encerramento do contrato. A secretaria estuda a viabilidade para realocar parte da mão de obra na rede.

A SES-AM orienta que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as unidades da rede de urgência e emergência – Serviços e Unidades de Pronto Atendimento (SPA e UPA) e prontos-socorros se mantêm como porta de entrada para pacientes com Covid-19. Aos primeiros sintomas, deve-se procurar uma UBS, SPA e UPA; em casos mais graves, a orientação é buscar os prontos-socorros.

Da redação da Rádio Rio Mar

Foto: Rodrigo Santos/SES-AM