Homem preso com ouro ilegal responderá também por atentado contra segurança aérea

Na tarde do último dia 09 de dezembro, a Polícia Militar interceptou um veículo com 47 kg de ouro sem procedência legal e outro com criminosos que tentaram roubar a carga. Um dos homens presos responderá, além do crime contra o patrimônio da União, também por atentado contra a segurança do transporte aéreo.

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Isso é o que consta na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal do Amazonas. Os 47 kg de ouro extraído de garimpo ilegal estão avaliados em aproximadamente R$ 15 milhões.

De acordo com a Polícia Federal, a interceptação do carregamento em flagrante representa a maior apreensão de ouro da história do estado.

O MPF afirma que ambos os acusados vão responder pelo crime de usurpação do patrimônio da União e, se condenados, podem ficar presos de 1 a 5 anos e ter que pagar multa de, no mínimo, R$ 500 mil.

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O homem denunciado por atentado contra a segurança do transporte aéreo, por pilotar aeronave sem plano de voo, pode ter uma pena adicional de 2 a 5 anos de reclusão.

Além do ouro ilegal, a Polícia Federal ainda apreendeu dois carros e o avião de pequeno porte utilizado para o transporte da carga.

Segundo a denúncia do MPF, um dos denunciados pilotou o avião com a carga ilícita até o aeroclube da capital, onde foi recepcionado pelo comparsa, que o aguardava com um carro modelo Gol branco. Depois de transferir as malas com as barras de ouro para o automóvel, ambos saíram pelas ruas da capital e passaram a ser perseguidos por outros dois carros, de onde foram efetuados diversos tiros.

A Ronda Ostensiva Cândido Mariano, da Polícia Militar, foi acionada e, quando chegou ao local, os acusados tentaram se esconder no interior de uma loja, mas foram localizados e presos. Os homens que pretendiam roubar a carga ilícita fugiram em um dos carros que estava na perseguição e deixaram o outro no local.

Além da condenação pelos crimes e da multa, o MPF pediu que a Justiça decrete também a inabilitação dos acusados para dirigir veículo e para pilotar aeronaves.

O MPF também pediu a manutenção da prisão preventiva dos envolvidos, por considerar que eles ocupam posição dominante na estrutura da macrocriminalidade do garimpo ilegal e, em liberdade, voltarão a cometer os crimes, pois ambos não declararam exercer qualquer atividade profissional de sustento.

O laudo pericial da Polícia Federal atestou que o ouro apreendido tem grau de pureza de 91,25%.

Da Redação

Foto: Polícia Federal