Caso Dom e Bruno: grupo é criado para proteger membros da Univaja

Nessa sexta-feira, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) comunicou a constituição de uma Mesa de Trabalho Conjunta que visa garantir segurança a 11 membros da União dos Povos Indígenas do Vale (Univaja).

A Univaja tem sede em Atalaia do Norte (AM) e ganhou notoriedade com o caso do assassinato do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, do The Guardian, em junho de 2022.

As medidas cautelares servem para a proteção do líder e cocriador da Equipe de Vigilância da Univaja (EVU) Beto Marubo; Cristóvão Pissango Negreiros, membro da EVU; o procurador jurídico da Univaja, Eliesio da Silva Vargas Marubo; Higson Dias Castelo Branco, integrante da EVU; a antropóloga Juliana Oliveira; Manoel Barbosa da Silva, colaborador da Univaja; a advogada Natália France Neves Carvalho; o indigenista Orlando Possuelo; o coordenador da Univaja, Paulo Dollis, o vice-coordenador da Univaja, Varney Kanamary; e Valdir Estevão Marubo.

Todos eles se encontram em maior vulnerabilidade por conta do trabalho que exercem com os povos indígenas do Vale do Javari, por sua participação direta nas buscas de Bruno Pereira e Dom Phillips e pela demanda por justiça.

O grupo da CIDH tem, ainda, como objetivo cobrar das autoridades a solução do caso e a punição da rede de responsáveis pela execução de Bruno Pereira e Dom Phillips.

A Mesa de Trabalho Conjunta resulta de uma proposta entre o governo brasileiro, beneficiários e seus representantes e foi formalizada em 31 de julho, conforme esclareceu a CIDH em nota. O prazo para definir um plano de ação é de dois meses, e a previsão é de que o grupo funcionará por dois anos.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Divulgação