Gripe H1N1 mata quatro pessoas em uma semana no Amazonas e comitê de enfrentamento é criado

Em uma semana, quatro pessoas morreram no Amazonas por Síndrome Respiratória Aguda Grave, causada pelo vírus da gripe Influenza A H1N1. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado (Susam).

De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), até o momento, foram registrados 104 casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave e 27 foram positivas para a H1N1, em jovens e adultos, além de 18 casos positivos para Vírus Sincicial Respiratório, em crianças menores de dois anos.

As vítimas fatais da última semana são um bebê de 11 meses, em Manaus; uma mulher de 52 anos, em Manacapuru; uma grávida, em Parintins; e um homem de 37 anos, em Manaus.

Em razão dos registros, a Susam afirma ter reforçado as unidades de saúde com 49 mil capsulas de antiviral, além de definir os protocolos clínicos e manejos dos casos. Nesta segunda-feira, o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus anunciam a implantação do Comitê Estadual para Enfrentamento de H1N1, considerando o período para a maior ocorrência de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), em especial Influenza A (H1N1) e o Vírus Sincicial Respiratório, que estão circulando no Amazonas.

O alerta principal está concentrado na faixa de risco, que inclui bebês, idosos, pessoas com doenças crônicas, grávidas, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, profissionais da educação, povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e profissionais do sistema prisional.

A meta da campanha no ano passado era vacinar 90% desse público, mas algumas faixas – gestantes, menores de dois anos e profissionais de saúde – não atingiram a cobertura vacinal necessária.  Foram vacinadas, durante a campanha, 810 mil e 093 pessoas com cobertura vacinal de 87,2%.

A gripe é transmitida ao falar, tossir, espirrar, e pelas mãos, através de contato direto ou contaminação da superfície e objetos. Por isso é recomendado a lavagem frequente das mãos, o uso de álcool gel, evitar aglomerados e evitar a exposição de menores de cinco anos ao clima chuvoso.

Bruno Elander – Da redação

Foto: Fernando Frazão/ABr