Governo alega “agravamento da pandemia” para prorrogar Estado de Calamidade

A extensão do prazo de 90 dias do Decreto de Estado de Calamidade no Amazonas foi solicitada por meio de Mensagem Governamental (nº 119/2021) e aprovada nessa quarta-feira (20), em sessão ordinária na Aleam-Assembleia Legislativa do Amazonas.

A justificativa dada pelo governador Wilson Lima, conforme o documento, seria devido à continuidade e agravamento da pandemia da Covid-19.

O pedido, entregue na Aleam no dia 05 de outubro, já vale desde o dia 27 de setembro deste ano.
Apesar de alegar o agravamento da pandemia, ainda nessa quarta-feira (20), o número de internações no interior do Amazonas zerou em 58 municípios segundo a Ses- Secretaria de Estado de Saúde.

Conforme dados divulgados pelo órgão na última terça-feira (19), o número de internações em UTI Covid correspondem a pessoas que não tomaram a vacina contra o coronavírus.

Dos 45 internados na capital, 62,2% não tomaram nenhuma dose de vacina. Dos 26 que estavam em leito de UTI, 84,6% não tomaram nenhuma dose ou estão com o esquema vacinal incompleto.

O epidemiologista, Jessem Orellana, alerta sobre o risco novas infecções voltarem a acontecer se as pessoas não buscarem a vacina.

“A proteção gerada pela infecção natural, ou seja, aquelas pessoas que tiveram Covid e não se vacinaram, é uma proteção relativamente limitada. Com o passar dos meses, com o passar do tempo você vai se tornar suscetível novamente”, afirma o epidemiologista.

Com a aprovação do decreto, cabe ao Tribunal de Contas do Estado acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde pública de importância internacional relacionada à Covid-19, e então fornecer um relatório ao Poder Legislativo com as ações do governo.

O documento reforça ainda que a Comissão de Assuntos Econômicos e a Comissão de Saúde, técnicas e permanentes da Aleam também fiscalizam o estado de Calamidade.

Vitória Lima – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação