Garimpo em Terra Yanomami é mantido por crime organizado, segundo investigação

Durante entrevista a jornalistas em Boa Vista, na noite dessa segunda-feira (1º), o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse que um dos quatro garimpeiros mortos por agentes de segurança na Terra Indígena Yanomami, era integrante de uma facção criminosa que tem atuação nacional.

Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho

O presidente do órgão fez parte de uma comitiva do governo federal que esteve no local para monitoria a situação dos yanomami depois do ataque que deixou um indígena morto e outros dois feridos no último sábado (29).

Ataque deixa um indígena morto e outros dois feridos

No dia seguinte, quatro garimpeiros teriam reagido à investida de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ibama em um ponto de garimpo conhecido como Ouro Mil. Eles foram mortos durante confronto.

No local da ação, segundo a PRF, foi apreendido um arsenal de armas, com fuzil, três pistolas, sete espingardas e duas miras holográficas, além de munição de diversos calibres, carregadores e outros equipamentos bélicos.

Esta não é a primeira vez que agentes federais são recebidos a tiros por garimpeiros ilegais no local. Outras ocorrências já foram registradas em outros acampamentos clandestinos, como nas comunidades Maikohipi e Palimiú.

Ainda de acordo com Rodrigo Agostinho, a atuação de facções criminosas é cada vez mais comum em atividades extrativistas ilegais, como o garimpo e a grilagem de terras.

Desde o início da operação, conforme dados do Ibama, foram destruídos 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, dois helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores.

Com informações da Agência Brasil

Fotos: Divulgação