A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa recebeu a orientação do Ministério da Saúde para que as grávidas e puérperas vacinadas contra a Covid-19 com a Astrazeneca/Fiocruz tomem, preferencialmente, a segunda dose da Pfizer/BioNTech.
A orientação foi anunciada na segunda-feira (26) e está em uma nota técnica da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. A partir dessa recomendação, a FVS vai elaborar uma nota técnica específica para o Amazonas com a nova orientação sobre a intensificação da vacinação para grávidas e mulheres com até 45 dias após o parto.
A orientação do Ministério da Saúde é que, caso a Pfizer não esteja disponível no momento da segunda dose, poderá ser utilizada a Coronavac/Butantan, que também apresenta boa efetividade nos grupos. É a chamada intercambialidade.
A médica infectologista Ana Galdina explica que para ser tomada uma decisão como essa é avaliado o custo benefício para as mulheres em cada uma das vacinas, considerando a possibilidade de reações adversas, como a trombose. Para ela, é uma decisão acertada.
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No Estado, a cobertura para esse público é de apenas 29% com a primeira dose e de 10% com a segunda. As grávidas e puérperas que estão começando o ciclo vacinal agora devem tomar os imunizantes que não têm o vetor viral, ou seja, a Coronavac ou a Pfizer. A infectologista explicou que a intercambialidade entre as vacinas já é feita em outras doenças.
A situação de grávidas e puérperas é considerada uma exceção. A segunda dose deve ser administrada no intervalo previsto para os fabricantes da primeira dose: 84 dias para Pfizer e até 28 dias para CoronaVac.
O Diretor Presidente da FVS, Cristiano Fernandes, informou que doses da Pfizer foram enviadas para Manaus, cidades do entorno e os municípios Pólos. “A vacina da Pfizer após ser descongelada pode ser armazenado em câmara refrigerada convencional com temperaturas entre 2 a 8 graus e aplicada até 31 dias”, disse.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar