A Fiocruz-Fundação Oswaldo Cruz afirmou que o aumento nos números da Covid-19 em Manaus apresenta “níveis atuais acima do esperado”, em nota técnica divulgada nessa terça-feira. A instituição afirmou que a situação é reversível, desde que medidas de proteção e isolamento voltem a ser cumpridas.
A primeira onda da Covid-19 no Amazonas ocorreu entre os meses de abril e maio, quando os sistemas de saúde e funerário entraram em colapso na capital. Após quatro meses de flexibilização, o governo voltou a entrar em alerta por conta da doença e decidiu fechar bares, praias e balneários.
Uma pesquisa da Fiocruz indicou que Manaus vive uma segunda onda da doença e sugeriu lockdown (bloqueio total de circulação de pessoas) para conter avanço, medida já descartada pelo governo. Até essa terça, o Amazonas registrava mais de 137 mil casos, com mais de 4 mil mortes pela Covid-19.
Conforme a nota técnica da Fiocruz, a partir da segunda quinzena de abril, foi observada uma redução gradativa no número de novos casos semanais da Covid-19, que se manteve até o final de julho. Desde então, os registros passaram a oscilar em torno de casos por 100 mil habitante no estado e na capital, o que é considerado elevado, segundo a instituição.
A partir da semana epidemiológica 34 – entre os dias 16 e 22 de agosto – foi observada uma retomada de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado. A tendência, conforme o documento, é influenciada por registros de Manaus, onde se mantém desde a semana 33 – entre 9 de agosto e 15 de agosto.
Da redação
Foto: Divulgação/Fiocruz