Exportações do AM caem de 24,5% em setembro, com perda superior a US$ 18 milhões

As exportações do Amazonas caíram quase 25% em setembro deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado e 7,82% em relação a agosto deste ano. Venezuela e Colômbia foram destinos de 36,52% das exportações locais. O total foi de US$ 55,816 milhões, enquanto no ano passado tinha sido de quase US$ 74 milhões, uma diferença negativa de US$ 18,132 milhões.

Entre os principais produtos exportados, motocicletas e outros ciclos apresentaram variação negativa na comparação com agosto de 2019 (-2,04%) e com setembro de 2018 (-65,94%), essa queda é influenciada pelo aumento das vendas no mercado interno. Outras preparações alimentícias (Preparações para bebidas entre outros) apresentaram crescimento de 41,25% na comparação com setembro de 2018, tendo como principal destino a Colômbia (equivalente a 64,27% das exportações para esse país).

A Venezuela foi o principal destino das exportações em setembro (22,93% de participação), sendo o Óleo de soja o produto de maior participação na pauta de exportação para esses pais (participação de 30,75%), sendo que no geral esse produto apresentou crescimento de 265,97% na comparação com agosto de 2019.

As importações do Amazonas em setembro registraram o valor total de US$ 920,341 milhões, representando 5,58% de participação nas importações do Brasil. Em relação a agosto de 2019, ocorreu um aumento de 6,75%, e em comparação a setembro de 2018 houve um crescimento de 9,06%. Isso reflete o déficit da balança comercial com aumento de 7,85% em relação a agosto de 2019 e 12,29% na comparação com setembro de 2018. Esse aumento nas importações foi provocado pelo aumento da demanda por componentes para produção de aparelhos eletrônicos e petróleo.

Presidente Figueiredo atrás de Manaus

Depois de Manaus, Presidente Figueiredo foi o município que mais exportou em setembro – um total de US$ 3,040 milhões, o equivalente a 5,45% das vendas do Estado para o exterior. O principal produto exportado pelo município foi o ferro-ligas (Ferronióbio) com destino à China, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência Tecnologia e Inovação (Sedecti). Os estudos estão disponíveis, na íntegra, na página www.sedecti.am.gov.br item Indicadores e Mapas.

O segundo município amazonense que mais exportou foi Itacoatiara (US$ 1,014 milhões), com participação de 1,82% nas exportações estaduais com venda de madeira serrada para os Países Baixos.

Os estudos do Departamento de Estatística, Análise, Geoprocessamento e Inovação (Depi) da Sedecti, mostram ainda que Presidente Figueiredo também foi o maior importador (US$ 356,969 mil) entre os municípios do interior. Com participação de 0,039% nas importações do Estado, tendo como principal produto os polímeros trazidos da China. Nova Olinda do Norte foi o segundo maior importador (US$ 234,246 mil), com participação de 0,025% nas importações do Estado com a aquisição de turbo reatores do Canadá.

Comércio

A Corrente de Comércio do Estado do Amazonas (soma das importações com as exportações) totalizou US$ 976,158 milhões. Na análise por município, Manaus lidera as compras e vendas com o total US$ 968,271 milhões, seguido por Presidente Figueiredo, que alcançou o valor de US$ 3,397 milhões.

Em setembro, a participação do Amazonas na Corrente de Comércio do Brasil alcançou os 2,77%. A capital Manaus registrou aumento de 6,79% na comparação com setembro de 2018 e 5,80% na comparação com agosto de 2019. Esse crescimento de Manaus deve-se ao aumento nas importações, que compensaram a queda nas exportações.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar (com informações da assessoria da Sedecti)