Espetáculo de luzes e som gerado pelos fogos de artíficio é doloroso para autistas

O que para muitas pessoas pode ser um símbolo do Réveillon, para outras é sinal de preocupação. O barulho pode provocar crises severas nos autistas, além de perturbar e até a matar alguns animais. A Telma Veiga, mãe de autista, presidente da Associação dos Direitos da Pessoa com Espectro Autista do Amazonas relata os momentos de agonia deste público.

As crises de choro, momentos de medo, irritabilidade e outras reações imprevisíveis exigem métodos para prevenir e amenizar os efeitos dos fogos. Para que o momento de alegria não vire apreensão e tristeza, como ressalta a psicóloga Mari da Ponte.

A hipersensibilidade sensorial aos estímulos do ambiente é um dos fatores levados em conta na hora de fechar o diagnóstico de TEA. O latido de cachorro ou buzina pode, por exemplo, ser suficientes para causar pânico em crianças. É algo que foge ao controle deles. A pedagoga Solange Gonçalves relata que a população deveria ter consciência de que a alegria promovida pelo colorido e o barulho estrondoso não é compartilha por todos.

Nas últimas semanas do ano, inúmeros vídeos e apelos de pais, familiares, representantes de associações e artistas foram divulgados e replicados na internet com o de conscientizar a população em geral quantos aos maléficios da prática de soltar fogos.

 

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Foto: Gabriel Monteiro/Secom –  Agência Brasil