Em novo protesto professores pedem exoneração de secretária e filho do prefeito

Professores da rede municipal realizam na manhã desta quarta-feira, 27, o terceiro protesto em menos de um mês, em frente à Câmara dos Vereadores de Manaus, na Rua Padre Agostinho Caballero Martin, no bairro São Raimundo. Eles pedem, além de transparência quanto ao gasto do repasse federal de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) pela prefeitura, também a exoneração da secretária municipal de educação, Kátia Schweickardt , e do filho do prefeito Arthur Bisneto, chefe da casa civil.

Ouça depoimento:

Os professores entregaram  um requerimento ao presidente da Casa Legislativa, vereador Wilker Barreto (PHS), solicitando um posicionamento sobre a necessidade de compor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue como, quando, quanto e onde vêm sendo aplicados os recursos do Fundeb. Barreto informou que se houver indícios de irregularidades, será investigado.

Os profissionais também requerem posicionamento e ação sobre as declarações da Secretária de Educação e também do chefe da Casa Civil.  Segundo os docentes, Kátia Schweickardt e Arthur Bisneto acusaram os manifestantes de ‘baderneiros’ e ‘criminosos’.

Somente neste ano, segundo a organização do movimento, o Amazonas recebeu mais de R$ 530 milhões do Fundeb. Desse valor, a prefeitura recebeu mais de R$ 109 milhões.

Durante coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira, 26, o prefeito de Manaus Arthur Neto, exibiu mensagens trocadas, supostamente por professores, por meio do aplicativo “whatsapp”, em que os profissionais da educação articulam movimentos e paralisações. Arthur considera o ato “politiqueiro” e disse que o grupo pode estar ligado a lideranças políticas que tentam boicotar a política educacional de sua gestão.

Durante o protesto, os professores abordaram temas como segurança nas escolas, Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), a questão dos trabalhadores de Regime Diferenciado (RDA’s) e Terceirizados que ficam até 4 meses com salários atrasados; problemas com a ManausMed e o cumprimento efetivo da Lei da Hora de Trabalho Pedagógica.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar