Clenildo Ferreira Mota, 31, conhecido como “Tei” foi preso no bairro Zumbi dos Palmares, zona Leste da capital. A Delegacia  Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) informou que cumpriu um mandado de prisão temporária por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição de vulnerável.

De acordo com a polícia, a equipe da Depca já investigava o suspeito após denúncias de que ele abusava de adolescentes em troca de pagamento. Ainda conforme a polícia, ele usava o dinheiro da aposentadoria da avó para comprar favores sexuais dos menores.

Durante as investigações os policiais civis descobriram que, além de um menino de 13 anos, que era aliciado desde os 11 anos, outras três vítimas, adolescentes de 14, 15 e 16 anos também tiveram a inocência violada pelo adulto.

Clenildo vai ser encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino, o CDPM, onde vai aguardar um período das investigações preso, até a justiça decidir se ele continua aguardando o julgamento preso.

Declaração

Por se tratar de um homem que participava de um grupo de coroinhas, o Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani emitiu uma declaração, sobre o assunto.

Abaixo, declaração na íntegra:

“A notícia veiculada pelos meios de comunicação de que um homem jovem havia sido preso por abusar sexualmente de meninos e adolescentes, participava de um grupo de coroinhas de uma de nossas comunidades pegou-nos de surpresa. Até o momento só temos as informações da mídia.

Segundo a coordenadora do grupo nada em seu comportamento poderia levar os responsáveis pensar que estavam diante de um pedófilo.

Diante dos fatos quero afirmar que na Igreja católica a pedofilia tem tolerância zero. Isto implica entre outras medidas afastar o pedófilo imediatamente de suas possíveis vítimas, denunciá-lo a polícia ou autoridades judiciárias, colaborar plenamente nas investigações e dar assistência psicológica as vítimas.

Numa sociedade altamente erotizada devemos estar atentos e vigilantes, pois os pedófilos são mestres na dissimulação e no engano.

Nossas igrejas tem que ser lugares seguros para nossas crianças e adolescentes.

Aos coroinhas e suas famílias quero dizer que este é um fato, que nos envergonha mas que é isolado, e que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que não se repita.

As autoridades pedimos que continuem a investigar o caso e evitem qualquer injustiça.”

Dom Sergio Eduardo Castriani

Carlos Eduardo Pessoa – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação