A Polícia Federal desarticulou uma quadrilha especializada em contrabando de ouro extraído de forma ilegal de terras indígenas. As investigações foram iniciadas em 2020. Nesse período, os agentes da Polícia Federal identificaram que o ouro era extraído de forma ilegal de terras indígenas.
De acordo com a polícia federal, durante a operação, batizada de Emboadas, quatro pessoas foram presas. Duas em cumprimento à mandado de prisão e duas prisões em flagrante. Segundo o delegado, Adriano Sombra, entre os presos está um homem, considerado o maior contrabandista de ouro do Brasil. “Esse homem é o centro das investigações da PF, tanto que foram cumpridos três mandados de prisão contra ele no mesmo dia”, afirma o delegado.
As investigações mostram que a quadrilha, fazia o contrabando de ouro para Europa. A PF disse que, após a extração ilegal do ouro, a quadrilha realizava esquentamento do material através de um estrangeiro que veio da Áustria e que se naturalizou brasileiro. Esse Austríaco declara ter mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro, o que levanta a suspeita de enriquecimento ilícito.//
“Essa organização extraía ouro ilegal de várias terras indígenas na Amazônia. As investigações vão continuar, porque a PF quer saber onde estão os ouros declarados pelo Austríco. Queremos saber se existe mesmo o país que, onde ele declara ter o ouro”, revela o Vinicius de Paulo, delegado responsável pelo inquérito.
Os criminosos vão responder pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal do ouro, contrabando, falsidade ideológica, receptação qualificada. Os prejuízos ambientais com a retirada do ouro ilegal feito pela quadrilha, gira em torno de seis bilhões de reias.
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Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
Foto: Ascom/PF