Com alagações, atoleiros e desabamentos, problemas de infraestrutura e obras inacabadas não faltam na rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. E para piorar, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou à Rádio Rio Mar que o andamento da obra de reconstrução da estrada está “comprometido em decorrência do período chuvoso na região”.
Na última quarta-feira (15), o DNIT publicou no Diário Oficial da União (DOU) a suspensão do contrato 761/2020 com o consórcio Tecon-Ardo-RC, que tem valor de R$ 165,7 milhões e validade até 6 de julho deste ano, para elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia e a execução das obras de reconstrução dos 51 quilômetros entre os quilômetros 198 e 250,00, conhecido como Lote ‘C’.
Conforme o DNIT, apenas 9,6% do custo total do contrato foi pago até o momento: R$ 15,9 milhões.
De acordo com moradores da comunidade do Igapó Açú, que está na região das obras do Lote ‘C’, naquele trecho, a BR-319 tinha áreas asfaltadas ou com piçarra. Porém, como a ordem de serviço para a reconstrução do segmento foi assinada no dia 18 de janeiro de 2021, a empresa iniciou os serviços e retirou toda a pavimentação. Segundo os moradores, o trecho ficou no barro e, com o período chuvoso, os atoleiros se formaram.
Dessa forma, o clamor de quem vive no Igapó Açú é por providências.
A Ardo, citada pelo morador, trata-se da empresa Ardo Construtora e Pavimentação, que integra o consórcio com a Tecon Tecnologia em Construções e a RC Serviços de Topografia, contratadas pelo DNIT.
A Rádio Rio Mar perguntou ao DNIT por que o contrato foi suspenso agora. Contudo, não houve resposta para esse questionamento.
Áreas das pontes
Quanto às travessias nos rios Curuçá e Autaz-Mirim, onde pontes desabaram em setembro e outubro do ano passado, o DNIT informou que o trânsito está “ocorrendo normalmente por meio de balsas” e que “dessa forma, o tráfego pela BR-319, no trecho Manaus-Careiro Castanho, está plenamente restabelecido”.
Conforme o DNIT, “nos locais onde houve os desabamentos, estão sendo executados demolição e retiradas de escombros das duas pontes colapsadas”, e, ao mesmo tempo, “está em andamento o contrato para a reconstrução da ponte sobre o rio Curuçá e em tratativas para a contratação de empresa para reconstrução da ponte sobre o rio Autaz-Mirim”.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação