Diretora do Instituto Butantan esclarece dúvidas sobre varíola dos macacos

A varíola dos macacos é considerada uma zoonose viral (vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola humana, embora seja clinicamente menos grave.

A diretora do Laboratório de Virologia do Instituto Butantan, Viviane Botosso esclarece sobre o processo de transmissão da doença, que pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS.

Existem duas linhagens do vírus da varíola dos macacos, com diferentes níveis de gravidade: a da África Ocidental e a da Bacia do Congo (África Central). As infecções humanas com a da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação à da Bacia do Congo, segundo a OMS.

Os países onde a varíola dos macacos é considerada endêmica são Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Gana (identificado apenas em animais), Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul.

A monkeypox é uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado. A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.

Trabalhadores da saúde, membros da família e outros contactantes são pessoas com maior risco de contaminação, já que a transmissão via gotículas respiratórias, usualmente, requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), realizou, na quarta-feira (29/06), uma palestra sobre orientações de prevenção e controle do Monkeypox, também conhecida como Varíola dos Macacos, para os serviços de saúde da capital e interior do Amazonas.

As orientações foram repassadas para as Comissões de Controle de Infecção em Serviços de Saúde (CCIH) e Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH) do Amazonas com o objetivo de preparar as unidades de saúde para uma resposta rápida na notificação de possíveis casos suspeitos ou confirmados, monitoramento e rastreio de monkeypox no estado.

O diretor técnico da FVS-RCP, Daniel Barros, destacou que a preparação fortalece o monitoramento da monkeypox. “É importante que os profissionais da saúde, estejam preparados para o monitoramento da doença, antes que chegue ao Amazonas, e recebam as devidas orientações sobre como realizar vigilância laboratorial, prevenção e cuidados com os pacientes de monkeypox”, ressalta.

Amazonas tem mais dois casos suspeitos de varíola dos macacos (radioriomarfm.com.br)

Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar

Fotos: Divulgação