Estudantes de pelo menos 16 Estados e o Distrito Federal se mobilizaram nessa terça-feira (26), no 2º Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Ciência. No Amazonas, o ato foi realizado em frente à UEA e à Universidade Federal do Amazonas, na Avenida Rodrigo Otávio, onde também está localizado o Inpa, umas das principais instituições de pesquisas do país. À tarde, o protesto será realizado no Largo de São Sebastião, no Centro Histórico.
Com o mote “Quanto vale a Ciência?”, a mobilização foi convocada pela Associação Nacional de Pós-Graduandos. O objetivo é reagir aos novos cortes orçamentários feitos pelo Governo nas verbas do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
No último dia 7 de outubro, o Congresso redirecionou R$ 690 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para outras áreas de sete ministérios. O corte representa 90% das verbas para pesquisa.
Os pesquisadores dizem que não houve debate com a comunidade científica e nem mesmo com o Ministério sobre o corte.
Elinaldo Ferreira, doutorando em Educação na Universidade Federal do Amazonas, participou do ato. Ele conta que a falta de verbas para pesquisa no país pode causar um apagão nos estudos realizados no Amazonas. Ouça:
Com cartazes em defesa das instituições públicas, contra os cortes e com pedidos de reajustes nas bolsas de estudo congeladas desde 2013, os estudantes tentam reverter o remanejamento de verbas.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, criticou esse corte para financiamento de pesquisas e classificou o orçamento de 2021 como um ‘estrago’.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar