Dia do Enfermeiro: Profissionais contam desafios da profissão e lembram momentos

Cuidar e garantir o bem-estar de todas as pessoas que passarem pelo corredor do hospital: essa é, sem dúvida a mais bonita e desafiadora atividade que os profissionais de Enfermagem exercem ao longo da vida profissional.

Em meio à rotina, esses profissionais seguem a caminhada, e infelizmente ainda enfrentam problemas como baixos salários, sobrecargas de trabalho e abalo emocional. Problemas esses que se tornaram mais evidentes durante a pandemia do novo coronavírus.

Com 13 anos dedicados à enfermagem, a profissional Teresa Sena destacou alguns itens essenciais na profissão, e que a ajudam a se manter firme momentos mais difíceis.

Enfermeiros contam detalhes da profissão. Foto: Arquivo Pessoal

“Amor ao próximo, luz e esperança aos que chegam com a esperança da recuperação. É importante sempre dar o seu melhor. A pandemia foi o pior momento que já tivemos, mas vejo que a enferemagem está muito desvalorizada, com sobrecarga de trabalho e baixos salários”, comentou.

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Há 6 anos trabalhando como enfermeiro, Clerveson Lima contou os momentos mais marcantes durante a vida profissional. Atualmente, segue a vida de instrutor.

“Algo que me marcou durante a pandemia foi  ver os pacientes morrendo durante a crise do oxigênio, foi algo que prejudicou profundamente nosso psicológico. Acredito que nõs participamos ativamente da vida das pessoas, cuidando desde o nascimento quase a sua morte. Participamos da vida da população no geral”, comentou.

Enfermeiro Clerveson Lima contou sobre os desafios. Foto: Arquivo Pessoal

A enfermeira Gerda Pereira Pimentel começou a trabalhar na área em 2020, ano em que a pandemia de covid-19 explodiu. Para preservar a saúde da família, teve que sair de casa, e evitar o contato. Por isso, um momento em especial a marcou profundamente.

Gerda recordou momentos da profissão. Foto: Arquivo Pessoal

“Tive um paciente que ficquei com ele 36 horas. Ele segurou a minha mão e disse que eu pensasse nele como um familiar. Ele sabia que não resistiria, pediu para que eu o fizesse companhia e pediu forças de Deus”,  lamentou.

Teresa, Clerveson e Geda, o que esses três enfermeiros têm em comum, e que os une a milhares de outros profissionais na mesma luta e no mesmo empenho, é dedicação e o amor ao próximo, na função de cuidar e doar-se pelo próximo.

Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar