O Dia de Proteção às Florestas foi celebrado neste domingo (17), e também foi o dia do Curupira, personagem do folclore brasileiro considerado o “protetor das florestas”. Não faltam motivos para que a data seja lembrada como forma de conscientizar sobre a importância da conservação florestal. E mesmo diante de tantas campanhas promovidas por diversas instituições, órgãos de segurança e ONGs a favor da preservação, as florestas continuam correndo riscos constante de queimadas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre os meses de janeiro e junho, na Amazônia, quase 4 mil km² de vegetação foram perdidos, área duas vezes e meia maior que a cidade de São Paulo. A destruição da floresta superou a do primeiro semestre de 2021, que até então tinha sido a maior já registrada, a Socioambietalista, Muriel Saragoussi explica que essa aceleração está ligada à falta de fiscalização.
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Além do desmatamento, Dados da ONG internacional Global Witness indicam que entre 2012 e 2020, o Brasil registrou 317 assassinatos de pessoas que trabalhavam tentando defender o direito à terra, seus meios de subsistência e o meio ambiente na Amazônia. O caso mais recente foi a morte do jornalista inglês Dom Phillipes e do indigenista Bruno Pereira, a Justiça do Amazonas concluiu que a motivação das mortes foi a luta das vítimas em defesa dos direitos dos indígenas do Vale do Javari, o caso segue sendo investigado pela Justiça Federal.
A socioambientalista, ressalta que apesar das dificuldades encontradas, com pequenas atitudes é possível ajudar, e assim, mudar essa realidade.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar