Desmatamento cai 48% entre janeiro e abril, mas ainda é o segundo pior da história no AM

O desmatamento recuou 48,6% no Amazonas entre janeiro e abril de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme o sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Enquanto houve destruição de 537 quilômetros quadrados nos primeiros quatro meses de 2022, neste ano a área desflorestada totalizou 276 quilômetros quadrados.

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Contudo, a redução quase pela metade do espaço desmatado não quer dizer que o Estado tem níveis baixos de destruição da floresta. Conforme a série histórica do Inpe, a devastação nos primeiros quatro meses de 2023 só perde para 2022.

De acordo com o Inpe, só em 2023 o território amazonense teve 757 avisos de desmatamento contra 1.356 do ano passado e 571 de 2021.

O sistema de monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apresentou resultados parecidos com os do Inpe no período. O Imazon emitiu alertas para uma área de 272 quilômetros quadrados enquanto o Inpe lançou avisos para um espaço de 276 quilômetros quadrados.

No entanto, há divergências entre os sistemas de alertas dos dois institutos em relação a anos anteriores. Para o Imazon, a área desmatada entre janeiro e abril de 2022 no Amazonas foi de 466 quilômetros e, em 2021, 352 quilômetros quadrados. Para o Inpe, a área desflorestada no Estado nesses quatro meses foi de 537 quilômetros quadrados em 2022 e 267 quilômetros quadrados em 2021.

Na Amazônia como um todo, o Imazon afirma que o desmatamento caiu 36% nos primeiros quatro meses deste ano, mas é o terceiro maior desde 2008. Para o Inpe, a redução foi de 40,3% e o resultado é o quarto pior e não o terceiro.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Imazon/Divulgação