Nesta terça-feira (08), completam 10 meses dos desabamentos das pontes sobre os rios Autaz Mirim, no quilômetro 25 da BR-319 e Curuçá, no quilômetro 23 (28 de julho) na BR-319, sem nenhuma explicação das causas dos colapsos por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

O desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá foi o mais grave, pois cinco pessoas morreram, 14 ficaram feridas e 12 veículos ficaram submersos. Os mortos são: João Nascimento Fernandes (58 anos), Marcos Rodrigues Feitosa (39), Maria Viana Carneiro (66), Rômulo Augusto de Morais Pereira (36) e Darliene Nunes Cunha (25).

No dia 12 de janeiro deste ano, o DNIT contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo por R$ 4,7 milhões para elaborar um laudo de avaliação das causas do colapso das pontes.

No último dia 03 de agosto, a Rádio Rio Mar fez uma série de perguntas ao DNIT, por e-mail, sobre a BR-319. Entre os questionamentos, estava uma indagação sobre qual é o prazo para a empresa apresentar o relatório sobre as responsabilidades dos desabamentos (das pontes). Contudo, essa pergunta não foi respondida. O prazo de vigência do contrato, publicado no Diário Oficial da união (DOU) é de 12 meses.

A Rádio Rio Mar também perguntou ao DNIT: se a obra de reconstrução das pontes já começou ou ainda estão na fase de demolição e remoção de escombros?; Qual é a previsão de entrega das pontes reconstruídas?; Se há algum contrato para manutenção/asfaltamento do Lote C, conhecido como lote Charlie, da BR-319?; Qual é a empresa contratada?; Qual é o valor do contrato?; Quando o contrato foi assinado e qual é o prazo de vigência?; Por que o Lote C está abandonado, apesar de não haver nenhum empecilho ambiental, pois o trecho tem todas as licenças ambientais há anos e deveria estar asfaltado?

Resposta do Dnit

“Sobre as obras de construção das pontes da BR-319/AM (Curuçá e Autaz Mirim) o DNIT informa que estão em andamento as obras de fundação da ponte sobre o rio Curuçá, com a execução de cravação das camisas metálicas, onde será executada a montagem das armaduras, para posterior concretagem das estacas de fundação.

Com a chegada do período do verão amazônico iniciado a pouco mais de um mês e consequente diminuição das chuvas intensas, as obras seguirão em ritmo acelerado, principalmente, considerando que o período seco coincide com a vazante dos rios, o que possibilitará uma maior intensidade na execução das obras.

A superestrutura da ponte será toda executada em peças pré-moldadas, sendo os pilares em concreto. As vigas e longarinas serão metálicas e as pré-lajes e lajes em concreto também, tudo com fabricação local.

A retirada dos escombros da ponte colapsada prossegue em ritmo acelerado, estando já em fase final de execução, o que propiciará menos interferência com as obras da Ponte sobre o rio Curuçá.

As travessias dos rios Curuçá e Autaz Mirim prosseguirão sendo feitas por balsas, uma vez que não serão mais construídas as pontes de madeira em virtude de não haver vantagem sobre os contratos de travessia, cujos serviços deverão sofrer modificações, já definidas, para promover melhorias no sistema de travessias sendo que a do rio Curuçá deverá ser transferida de montante para a jusante da ponte que desabou e travessia por balsa do rio Autaz Mirim deverá ser transferida de jusante para a montante da ponte colapsada.

Ainda no sentido de promover melhorias na travessia sobre o rio Curuçá, a empresa de navegação responsável pelo serviço deverá providenciar, com urgência, para que as rampas metálicas de embarque e desembarque da balsa atualmente em operação sejam prolongadas para dar mais agilidade à travessia. Os acessos à travessia por balsa, também sofrerão melhorias com a execução de enrocamento de pedra rachão, no sentido de que as rampas metálicas possam assentar aos acessos sem problemas.

Com relação à ponte definitiva sobre o Rio Autaz Mirim, os projetos e obras da ponte já estão contratados. A empresa já está mobilizada com canteiro de obras no local”.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: CBMAM

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