Delegacia Especializada prende homem que abusava sexualmente da enteada desde 2019

A delegacia especializada em proteção à criança e ao adolescente deflagrou nas primeiras horas da manhã dessa quarta-feira, ação que resultou na prisão de um homem, de 36 anos, pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra a sua enteada, uma adolescente de 13 anos. A prisão ocorreu no bairro Santo Agostinho, zona oeste de Manaus.

De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, as investigações iniciaram quando um familiar da vítima fez uma denúncia contra o infrator, ocasião em que ela comunicou que a adolescente estava sendo violentada sexualmente há mais de dois anos.

Segundo a delegada, o familiar descobriu o crime após a adolescente contar que o padrasto praticava os abusos e a mãe tinha conhecimento.

Com base nessas informações, as investigações apontaram a veracidade do delito. A delegacia especializada solicitou à justiça pelo mandado de prisão preventivo do homem, e a ordem judicial foi expedida no dia 30 de abril deste ano, pela juíza Rosália Guimarães, as Central de Plantão Criminal.

As pessoas que souberem de crimes dessa natureza devem entrar em contato pelo Disque Direitos Humanos, Disque 100, ou pelo 181, da SSP. Se o crime estiver acontecendo naquele momento, o contato deve ser feito pelo 190, da Polícia Militar do Amazonas. Ou ainda, o denunciante pode registrar a ocorrência na Depca que funciona em regime de plantão 24 horas, e está localizada na Via Láctea, Conjunto Morada do Sol, bairro Aleixo. Denuncias também podem ser realizadas pelo site Faça sua Denúncia – SSP.

Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nos cinco meses de 2022 já foram registradas 4.486 denúncias de violações de direitos humanos contra essa população e 18,6% estão ligadas a situações de violência sexual.

Um levantamento da pasta, feito em 2021, mostrou que dos 18.681 registros, em quase 60% dos registros, a vítima tinha entre 10 e 17 anos e cerca de 74%, a violação era contra meninas.

Os dados também apontaram que em 8.494 dos casos, a vítima e o suspeito moravam na mesma residência. Outros 3.330 casos aconteceram na casa da vítima e 3.098 na casa do suspeito.

Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar