O plano busca garantir que a bioeconomia do Amazonas seja construída de forma participativa e alinhada às necessidades das populações locais e do setor produtivo. A bioeconomia tem se consolidado como um dos principais caminhos para o desenvolvimento sustentável, aliando preservação ambiental, inovação e geração de renda.
A iniciativa tem como um dos focos destacar oportunidades para atrair novos investimentos, impulsionando tecnologias inovadoras e incentivos estratégicos. Nesta semana, o evento Diálogos – Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas, realizado no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), reuniu representantes de povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais (PQCTs) para contribuir na formulação de um plano estratégico voltado ao desenvolvimento sustentável da região.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Serafim Corrêa, ressalta que esta é uma das 80 escutas a serem realizadas pela pasta.
O cacique Domingos Francis Prado Vaz, da comunidade indígena Cipiá, localizada a cerca de 35 quilômetros de Manaus, participou do encontro. Conhecido como “Cuia” em sua língua, ele compartilhou a experiência da comunidade com o etnoturismo e a valorização da cultura indígena.
A construção do plano de bioeconomia do Amazonas vem sendo acompanhada pela Sedect e o CBA desde o ano passado. A diretora de Bionegócios do CBA, Andrea Lanza, destaca a importância da sociedade ser ouvida para garantir transparência do processo.
Na construção do plano estão ações voltadas a linhas de crédito, aplicação de pesquisas para fortalecer cadeias socioprodutivas, expansão do uso de energia solar, certificação de produtos e criação de um banco de mudas. Essas iniciativas estão alinhadas aos eixos prioritários do plano: ecossistema de negócios, descarbonização e energia renovável, pessoas e cultura, patrimônio cultural e genético, e governança.
Rádio Rio Mar
Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa