Dados – Na área da saúde pública, a gravidez na adolescência é considerada um grande problema devido à alta prevalência de riscos perinatais e complicações da gravidez, sendo as principais causas de hospitalização e morte entre adolescentes de países em desenvolvimento como o Brasil. Os índices de gravidez na adolescência no Brasil são preocupantes. Em 2020, registrou-se que, a cada mil brasileiras entre 15 e 19 anos, 53 tornam-se mães. Diversos são os problemas atrelado a este problema de saúde pública, como explica Maurício Cunha, secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Entre os anos de 2011 e 2016, 3,1 milhões de adolescentes foram mães no Brasil. Destas, 163 mil estão na faixa de 10 a 14 anos. Entre 2018 e 2020 houve uma redução de 18% no número de menores grávidas. Os dados são do Data SUS do Ministério da Saúde. De acordo com dados preliminares do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, em 2020, nasceram 380 mil filhos de mães com idade entre 10 e 19 anos. É certo que muitos casos de gravidez infanto-juvenil resultam de violência sexual e, portanto, de condutas criminosas. A secretária Nacional da Família, Ângela Gandra, defende o maior diálogo entre jovens e a família.
Pensando em reverter este quadro o Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos lançou nesta semana o Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e Gravidez de Adolescentes. A iniciativa é voltada a conscientizar a população sobre os riscos e as consequências de uma gestação precoce e prevê a capacitação de diferentes públicos para lidar com o tema, bem como combater a violência. Como explica a ministra Damares Alves.
A adesão ao Plano estará aberta a municípios e estados, instituições de ensino, organizações da sociedade civil e demais atores que compõem a rede de proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
Foto: Divulfgação/Fiocruz