O Amazonas ainda não tem reserva de leitos suficiente para receber pacientes de outros estados. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), a recepção de dois pacientes de Rondônia no último fim de semana foi uma ação emergencial e ainda não pode ser relacionada à operação que o Estado estuda realizar para auxiliar Rondônia e possivelmente outros estados.
Porém, menos de 24h atrás, o próprio governo do Amazonas havia divulgado que já tinha começado a realizar a ‘Operação Gratidão‘.
Nesse momento, a prioridade das vagas na rede estadual ainda é para os pacientes do interior do Amazonas.
A vinda para Manaus de dois pacientes, um no sábado (06/03) e outro no domingo (07/03), atendeu a um pedido da secretaria de Saúde de Rondônia e do Ministério da Saúde, tendo em vista que, na sexta-feira (05/03), pelo menos 90 pacientes aguardavam por leitos de UTI naquele estado. Os pacientes estão internados no Hospital de Referência para Covid-19 Delphina Aziz, que abriu mais dez leitos de UTI neste fim de semana.
Ao atender os pedidos, a SES-AM levou em consideração o fato de Rondônia prestar assistência a pacientes do sul do Amazonas. Na sexta-feira, quando o primeiro pedido de remoção foi feito por Rondônia, seis pacientes com Covid-19 de Humaitá ocupavam UTI em Porto Velho, o que levou a SES-AM a abrir a exceção.
Segundo a SES-AM, mesmo com queda nas internações e redução nas chamadas por leitos de UTI, ainda não é possível para o Estado receber de forma sistemática pacientes de fora do Amazonas.
“Temos leitos clínicos, mas a ocupação de UTI ainda é elevada. Como sabemos que, em média, 25% dos pacientes moderados que foram do Amazonas para outros estados evoluíram para UTI, estamos analisando o cenário epidemiológico para ver de que forma podemos apoiar outros estados”, disse o secretário Marcellus Campêlo.
Fonte: Governo do Amazonas
Foto: Djalma Júnior/Secom