Corpo de Bombeiros orienta população sobre como proceder em casos de desastres naturais

Inundações, desmoronamentos e chegada de animais peçonhentos aos centros urbanos estão entre os riscos

O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) orienta a população sobre como proceder em casos de desastres naturais em decorrência do período de chuvas. Entre os riscos mais frequentes estão as possibilidades de inundações, desmoronamentos e chegada de animais peçonhentos aos centros urbanos.

De acordo com o comandante-geral do CBMAM, Orleilso Ximenes Muniz, é importante que a população fique atenta aos casos de inundações, onde o cuidado deve ser redobrado para evitar acidentes e ocorrências de vítimas.

“Durante o período de fortes chuvas, algumas vezes, as enchentes evoluem para inundações e aí está o grande perigo. As águas das enchentes são extremamente contaminadas. Então é importante evitar caminhar nessas águas, manter as crianças longe dos igarapés, mesmo que saibam nadar porque estarão expostas a diversos perigos”, enfatizou.

Durante uma forte chuva, dicas como evitar estacionar veículo embaixo de árvores e desconectar eletrodomésticos das tomadas também podem salvar vidas.

“Procure manter os eletrodomésticos da residência fora das tomadas, isso possibilitará que, caso a inundação seja muito grande, consiga proteger alguns e evitar curto-circuito, que podem causar a morte dos habitantes da casa”, disse o comandante do CBMAM, que também falou sobre as ocorrências relacionadas aos animais peçonhentos.

“Normalmente, em virtude dos alagamentos, os animais peçonhentos fazem deslocamento para as áreas secas, isso acontece muito quando temos, por exemplo, os escorpiões subindo nas residências, cobras e outros tipos de animais, que podem causar sérios danos à saúde das pessoas”, explicou.

Em todas as situações citadas, a população, além de obter suporte da Defesa Civil estadual e municipal, também pode acionar o Corpo de Bombeiros.

“Em caso de inundações e desmoronamentos, o Corpo de Bombeiros também pode ser acionado, por meio do número 193. As chances de perdas materiais e até mesmo vítimas lesionadas ou fatais podem ser reduzidas quando as pessoas nos acionam logo no início da situação. Temos equipes totalmente preparadas para atender a qualquer hora do dia ou da noite”, concluiu coronel Muniz.

Plano de Emergência Familiar:

  1. Entenda as ações da região
    Consulte sempre a autoridade de Defesa Civil da comunidade para entender os planos regionais e aproveite essas informações para o desenvolvimento do seu plano de emergência.
  2. Identifique os perigos
    Esteja ciente dos perigos existentes nos locais em que a família permanece por longos períodos, como casa, trabalho, escolas, creches, etc. Entre esses perigos, estão inundação devido a rios próximos, enxurradas em função da topografia da área, vendavais, incêndios que podem ser provocados por empresas de alto risco próximas ou mesmo na vegetação.
  3. Planeje além do seu endereço
    É imprevisível saber onde estará quando uma emergência acontecer, portanto o Plano deve incluir ações para os possíveis tipos de emergência de cada local frequentado por cada membro da família, como casa, trabalho, escola. As ações devem estar alinhadas com os planos de emergência específicos desses locais.
  4. Monte um Kit de Emergência
    Deve incluir itens básicos necessários durante a emergência e suficientes para ao menos três dias. Mantenha os itens em uma mala pequena específica para esse propósito, localizada num local seguro e conhecido por todos os membros da família. Itens sugeridos:
  • Cópia física do plano
  • Kit de primeiros socorros
  • Mapas do bairro
  • Água potável (ideal três litros por pessoa)
  • Alimentos enlatados e não perecíveis
  • Abridor de latas
  • Rádio a pilha para acompanhar o desenvolvimento da emergência e pilhas de respaldo
  • Bateria extra e cabos para carregar celulares
  • Lanterna e baterias
  • Dinheiro
  • Cópia de documentos familiares importantes, incluindo RG, cartão do convênio médico, estudos médicos caso algum membro da família tenha alguma doença crônica
  • Uma troca de roupa, incluindo calçado
  • Capa de chuva
  • Um cobertor leve por pessoa
  1. Defina estratégias em relação ao local atingido
    Dependendo do tipo de emergência e as circunstâncias, o plano deve incluir ações de proteção familiar que considerem ficar ou sair do local atingido. Exemplo, em caso de incêndio, certamente a ação é abandono do local. No cenário de inundação ou alagamento, avalie e identifique uma área segura no local, tome ações de corte de energia e fornecimento de gás e, na medida do possível, utilize comportas para minimizar a entrada de água.
  2. Mantenha-se informado
    A Defesa Civil de algumas cidades tem desenvolvido um sistema de alertas de desastres. Basta cadastrar o CEP por meio do celular para receber as mensagens. Outras comunidades, com exposições específicas como barragens, podem ter outros sistemas de alerta particulares. Utilize todos os meios de comunicação disponíveis para entender o que está acontecendo e como esses cenários podem se desenvolver nas próximas horas. A informação é parte essencial para o sucesso do plano.
  3. Pratique o plano
    Uma vez desenvolvido o plano, tente realizar simulados junto com a família, para que todos entendam as ações. Se necessário, faça ajustes e revise o plano uma vez por ano.

Com informações Assessoria

Fotos: Divulgação/CBMAM

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