Conselho Federal de Medicina alerta para situação precária da saúde nas regiões de fronteira

Um em cada 5 municípios brasileiros que faz fronteira com outros países não possui nenhum leito de internação disponível no Sus – Sistema Único de Saúde. Já nos 9 municípios amazonenses de fronteira, nem existem. Os dados foram apresentados no II Fórum de Médicos de Fronteiras, organizado pelo Conselho Federal de Medicina, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que segue até esta quarta-feira.

Conforme o presidente do Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM), José Bernardes Sobrinho, enquanto no restante do país a média de médicos em um município com apenas 10 mil habitantes é maior que 21 médicos, aqui no Amazonas essa média é de um único médico.

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Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informa que até março, o Governo do Estado disponibilizou, entre repasses e investimentos, cerca de R$ 28,9 milhões para os municípios. O secretário estadual de Saúde, Francisco Deodato, informa que, até o final do ano, os municípios receberão mais R$ 60 milhões.

Ao assumir, o secretário Francisco Deodato firmou uma pactuação emergencial com os municípios, para que pudessem receber os recursos que não estavam sendo repassados. Alguns municípios estavam há 17 meses sem receber. Além disso, cumprindo determinação do Ministério Público Federal (MPF), os repasses de recursos federais serão feitos de forma direta, fundo a fundo, para os municípios. Assim, os municípios passarão a administrar os seus recursos para o funcionamento das unidades hospitalares.
Quanto às denúncias feitas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), a direção do Hospital Geral de Benjamin Constant nega que estejam sendo utilizados sacos no lugar de lençóis. Já no caso de Uarini, o aparelho de esterilização Autoclaves quebrou, e já foi feito processo para a compra de novo. Enquanto o aparelho não é reposto, a esterilização dos materiais está sendo feita em Alvarães e Tefé.

Carlos Eduardo Pessoa – Rádio Rio Mar