Integrantes do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção protocolaram, nessa segunda-feira (06), uma representação na Câmara Municipal de Manaus (CMM) pedindo a instauração de processo político-administrativo para cassação do mandato do vereador Rosinaldo Bual (Agir). O documento foi enviado ao presidente da Casa, David Reis (Avante) e é assinado por seis membros da coordenação do Comitê.
A representação se baseia em investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que resultou na prisão preventiva do parlamentar e de sua chefe de gabinete, no último dia 3 de outubro. Eles são suspeitos de participar de um esquema de “rachadinha”, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação, o vereador teria utilizado seu mandato e a estrutura da CMM para manter um esquema de devolução de parte dos salários de assessores comissionados. Durante o cumprimento dos mandados judiciais, o GAECO apreendeu grande quantia em dinheiro vivo, cheques e armas de fogo em endereços ligados ao vereador, incluindo o próprio gabinete parlamentar.
O grupo argumenta que há indícios robustos de materialidade e autoria, configurando infrações que tratam da utilização do mandato para prática de corrupção e de conduta incompatível com a dignidade da Câmara. A petição também fundamenta-se no Regimento Interno da CMM, que permite a qualquer cidadão denunciar vereador por infrações político-administrativas.
O Comitê pede que o Legislativo abra imediatamente o processo de cassação para “restaurar a autoridade e a credibilidade da instituição”.
Com informações da assessoria
Foto: Divulgação/CMM