Caso Jerusa: julgamento de acusado de matar companheira entra no quarto dia

O quarto dia do julgamento de Ivan Rodrigues Chagas, acusado da morte de Jerusa Helena Torres Nakamine, em abril de 2018, iniciou na manhã deste domingo (5), com o interrogatório do réu, no Plenário do Júri do Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, Zona Sul de Manaus.

Por volta das 9h, a juíza Ana Paula Braga retomou a sessão de julgamento, mas logo nos primeiros momentos o advogado pediu a palavra e informou à juiza que o réu não responderia às perguntas do Ministério Público do Estado (MPE/AM) e nem do assistente de Acusação. A Defesa alertou que convocaria o art. 15, da Lei de Abuso de Autoridade, caso o MPE e a assistência da Acusação insistissem em interrogar o réu, que se limitou a responder as perguntas da juíza e da Defesa.

O relato do réu iniciou a partir do dia anterior ao crime, 11 de abril de 2018. Meia hora depois, familiares da vítima começaram a deixar o plenário tomados pela emoção. Uma das primas da vítima precisou ser atendida pelo Serviço Médico do Tribunal de Justiça, com a pressão arterial alta, sendo encaminhada para o Pronto Socorro.

Por volta das 10h, a juíza Ana Paula iniciou a inquirição do réu. Após ser perguntado se ainda mantém contato com uma das filhas que não vive em Manaus, o réu caiu em prantos sem responder à juiza, que determinou um breve intervalo.

No retorno, prosseguiram os questionamentos ao réu sobre a relação com as filhas, com a vítima e sobre o relacionamento extraconjugal que manteve durante o casamento com Jerusa. O réu chegou a pedir perdão pelo que fez, afirmando que não estava em seu normal. O interrogatório ainda continua. No momento, não há previsão para o encerramento do julgamento.

O crime

Jerusa foi assassinada na própria residência, no conjunto Campos Eliseos, no bairro Planalto, em abril de 2018. A perícia identificou que o crime foi motivado por ciúmes e por interesse do acusado nos bens da vítima, visto que ela era empresária. Ivan confessou o crime, mas antes tentou forjar que a vítima havia tirado a sua própria vida.

Em 2020, Ivan foi levado a júri popular, mas no segundo dia de plenária houve cancelamento da sessão, pois um dos jurados havia passado mal e precisou ser levado ao pronto-socorro.

Da redação da Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação TJAM