Depois da cheia histórica, o Rio Negro no Amazonas está baixando, mas o processo é lento. Quando as águas se vão, o que fica são os estragos estruturais das residências, a poluição e o prejuízo à saúde das famílias. Para prestar atendimento à essas pessoas, a organização humanitária Fraternidade Sem Fronteiras realizou de domingo (11) até esta quarta-feira (14) uma Caravana Emergencial no bairro Mauazinho, em Manaus, e no distrito do Cacau Pirera, em Iranduba.
A moradora Crislene de Souza levou todos os 5 filhos para o consultório montado em uma escola desativada no Cacau Pirera. “Estou sendo bem atendida, sempre é bom né. O posto que tem aí quase não tem remédio para dar para as pessoas”, afirmou.
Ela voltou pra casa com os medicamentos e duas latas de leite. Quem atendeu as crianças foi a médica Pediatra Maria José. Ela veio de Caldas Novas, em Minas Gerais, para prestar atendimento voluntário. “A gente veio para trazer atendimento médico, medicamento, assistência psicológica, é a vontade que a gente tem de doar um pouquinho do trabalho para essas famílias”, disse a médica.
À medida em que o Rio vai baixando, outras doenças começam a preocupar. “O que a gente tem encontrado, principalmente nas crianças são muitas infecções respiratórias, infecções de pele, como piodermite, escabiose (sarna) e muita gastrointerite também”, informou.
24 médicos, como pediatra, cirurgião, clínico, pneumologista, psicólogos, entre outras especialidades vieram à Manaus e deixaram o trabalho à disposição da população. Eles contaram com a ajuda de outra rede de voluntários para dar conta da logística e acolhimento.
Veja como foi o atendimento no Cacau Pirera:
A Fraternidade Sem Fronteiras (clique para ajudar) começou na África e hoje tem 68 polos de trabalho com mais de 20 mil voluntários, inclusive no Brasil. Todos os trabalhos são mantidos por meio de doações e principalmente pelo apadrinhamento.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar