Campanha contra importunação sexual de mulheres é realizada no T3

A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas realizou, nessa sexta-feira (07), no Terminal 3 (Cidade Nova), mais uma ação da campanha “Deixa de Enxerimento – Importunação Sexual é crime e dá cadeia”.

Na última semana, o foco da campanha de combate à importunação sexual trabalhou a sensibilização nas embarcações regionais que levaram os turistas para o Festival Folclórico de Parintins. Segundo a coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher, Akerna Corado, desta vez o objetivo foi orientar os usuários do transporte público sobre a importância do respeito às mulheres que usam os ônibus diariamente.

Nessa campanha, a Procuradoria da Mulher está divulgando o material informando o que é importunação sexual e como ser feita a denúncia, e que nós podemos acolher essas mulheres para atendimento. Isso é um trabalho que tem muito esmero do presidente Roberto Cidade e da deputada Alessandra Campelo, disse a coordenadora.

Estatísticas

A quarta edição da pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e encomendada junto ao Instituto Datafolha, mostrou que 46,7% das brasileiras foram vítimas de assédio em 2022.

Projetando este percentual para o universo da população, são 30 milhões de mulheres que sofreram algum tipo de assédio, 26,3 milhões ouviram cantadas e comentários desrespeitosos na rua (41%) ou no ambiente de trabalho (18,6% – 11,9 milhões), 8,2 milhões foram assediadas fisicamente no transporte público (12,8%) ou abordadas de maneira agressiva em uma festa (11,2% – 7,2 milhões).

A Assembleia Legislativa já vem discutindo esse tema e propondo avanços na legislação. A Lei 5.022/2019, de autoria da deputada Alessandra Campelo, obriga eventos, casas de show, bares e restaurantes a afixar placas ou similares de forma legível e aparente ao público a Lei Federal da importunação sexual.

No mesmo sentido, a Lei 5.247/2020, de autoria do deputado Roberto Cidade, obriga a divulgação do crime de importunação sexual nos transportes públicos do Amazonas, como ônibus, embarcações, táxis e carros que fazem corridas por aplicativos.

Com informações da Aleam

Foto: Divulgação/Aleam