A atual legislatura da Câmara Municipal de Manaus tem apenas 3 mulheres, o que representa apenas 7% do total de 41 vereadores. A partir do próximo ano, serão quatro, o que aumenta a participação feminina em 33%, mas isso não representa nem 10% das cadeiras disponíveis.
A desproporcionalidade fica evidente porque as mulheres são quase 53% do eleitorado de Manaus. Das 1.433 candidaturas registradas pelo TRE-Amazonas nas eleições municipais deste ano na capital, 31,5% foram de mulheres: ou seja, 451 candidatas.
Para a secretária geral da Comissão de Reforma Política e Combate à Corrupção Eleitoral da OAB-AM, a advogada Anne Louise Ventura, a falta de repasse obrigatório de dinheiro por parte dos partidos e o quociente partidário são barreiras para o acesso à casa legislativa.
Michelle Andrews concorreu a uma vaga à Câmara Municipal através de proposta de candidatura coletiva. Quinta mais votada na capital, com 7.662 votos, mais votos do que 37 dos 41 vereadores eleitos, ela não se elegeu porque o partido dela, o PSOL, não alcançou o quociente partidário necessário eleger um vereador.
Michelle Andrews acredita a pouca representatividade feminina no parlamento é resultado da soma de fatores como falta de consciência política e do machismo existente na política institucional.
A atual legislatura da Câmara Municipal tem as vereadoras Professora Jacqueline Pinheiro (Podemos), Mirtes Sales (Republicanos) e Glória Almeida Carratte (PL). Se reelegeram Gloria Carrate e Professora Jacqueline. As outras eleitas são Thaysa Lippy (PP) e Yomara Lins (PRTB).
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
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