No último dia 30, o governo do Amazonas lançou a ferramenta ‘Busca Preço Amazonas’, um serviço de pesquisa dos preços praticados no comércio do Estado. Ao digitar o nome do produto ou alguma palavra-chave, a ferramenta analisa as Notas Fiscais de Consumidor Eletrônica armazenadas na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e exibe a listagem dos produtos encontrados, do menor para o maior preço.
Na última segunda-feira, 18, a reportagem foi às ruas testar o instrumento e encontrou divergências. Ao digitar a palavra gasolina, o site indicou o preço de R$3,75, no Auto Posto Arena, de bandeira Ipiranga, na Rua Loris Cordovil, no bairro Alvorada, na zona centro-oeste de Manaus. No local, o preço encontrado foi de R$4,25. O frentista do estabelecimento informou que o preço R$3,75 não foi praticado nos últimos dias no local e comentou que o valor descrito no site da Sefaz pode ser referente a quanto o dono do posto pagou pela gasolina na distribuidora.
A reportagem apurou que o preço médio da gasolina nas distribuidoras é de R$3,65. Ou seja, ao vender o combustível R$4,25, os donos de postos lucram R$0,60 por litro.
A Sefaz respondeu que o sistema “Busca Preço” não exibe valores de notas fiscais entre pessoas jurídicas e por padrão são exibidos valores de notas Fiscais de Consumidor emitidas há no máximo 48 horas, mas no menu lateral o usuário pode alterar o período para 6 horas (com o ícone de um foguinho), 24 horas ou até 7 dias. Segundo a Sefaz, quanto mais recente for o valor exibido, maior a chance de ainda ser o praticado no estabelecimento.
A secretária Executiva do Procon-AM e presidente do Procons Brasil, Rosely Fernandes, afirma que a ferramenta ainda passa por ajustes e deve se transformar em um aplicativo. Já a Sefaz diz estar atenta a ocorrências de estabelecimentos que se recusam a emitir a nota fiscal ou que registram informações em desacordo com as praticadas.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Bruno Zanardo/Secom,