Brasil reduz taxa de analfabetismo, mas desigualdades persistem

Censo 2022: Brasil reduz taxa de analfabetismo, mas desigualdades entre regiões e grupos sociais persistem

O Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), apresenta avanços importantes no combate ao analfabetismo no Brasil. Em contrapartida, é contínua as desigualdades entre as regiões e os grupos sociais.

A taxa de analfabetismo caiu de 9,6% para 7,0% em 12 anos, o que representa uma melhoria no acesso à educação. O Norte e o Nordeste continuam a apresentar as maiores taxas de analfabetismo, com destaque para o estado do Amazonas em relação aos indígenas, como explica Luan Rezende, da Seção de Disseminação de Informações do IBGE Amazonas.

Esses números refletem as desigualdades no acesso à educação de qualidade, com fatores como a distância, a infraestrutura precária e a falta de recursos.  Alunos especialmente das zonas rurais, de comunidades indígenas e ribeirinhas, são os que mais sofrem com a situação, destaca o sociólogo Carlos Santiago.

A taxa de analfabetismo entre as pessoas de 60 anos ou mais é ainda mais alta, chegando a 17,4%, Mulheres, pessoas negras e pardas também apresentam índices mais elevados de analfabetismo, uma realidade que se agrava quando se observam as condições de desigualdade de gênero e racial em diversas regiões do país.

Neste Dia Nacional da Alfabetização, comemorado hoje, 14 de novembro, é fundamental que a sociedade reflita sobre avanços e desafios. Embora o Brasil tenha avançado em termos de redução da taxa de analfabetismo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir educação de qualidade para todos.

Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar