Saiba o que muda para o Novo Ensino Médio

As aulas 100% presenciais, com o benefício do ‘passe livre’, estão sendo retomadas nesta segunda-feira (14) na rede estadual de ensino do Amazonas. Além da novidade do transporte gratuito, outras mudanças significativas começam a valer para os alunos, principalmente aqueles do 1º ano do Ensino Médio.

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a adoção do ‘Novo Ensino Médio’ será gradativa nas escolas. A 1ª série já funcionará com as alterações neste ano. Em 2023 as mudanças alcançam também a 2ª série e, por fim, 3ª e última será modificada em 2024.

A principal mudança na rotina dos alunos é a permanência por uma hora a mais na escola. Isso porque antes o aluno ficava cerca de 800 horas anuais nas unidades de ensino, e, agora, essa carga horária é de mil horas. Com isso, a jornada de quatro horas diárias de aula passará para, no mínimo, cinco horas.

Segundo a Seduc, a distribuição de horas será definida pela própria secretaria, mas a meta é que sejam cumpridas 3 mil horas totais nos três anos de ensino, com 200 dias de aulas a cada ano letivo.

Para as escolas de Tempo Integral e unidades bilíngues, será necessário cumprir 4,2 mil horas.

Para que os estudantes fiquem uma hora a mais nas escolas todos os dias, foi definida uma nova organização curricular, mais flexível, com oferta de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes.

Um exemplo são os Itinerários Formativos (IFs), que são um conjunto de disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher durante o Ensino Médio.

Um dos Itinerários visa promover reflexão e compreensão da educação financeira, fiscal e empreendedora, para que os jovens sejam capazes de transformar ideias em soluções inovadoras.

Vale ressaltar que, apesar da presença dos Itinerários Formativos, o NEM é composto pela Formação Geral Básica (FGB), na qual o currículo é comum a todos os estudantes. A FGB contempla quatro áreas de conhecimento: Matemática e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Pela lei aprovada no Congresso Nacional, os Estados têm autonomia para definir quais Itinerários vão ofertar, mas o processo deve envolver a participação de toda a comunidade escolar.

Na prática, o objetivo é ofertar aos alunos o diálogo com projetos que envolvam as áreas de interesse, que mais estimulem a visão de futuro. Cada estudante fará uma escolha e pode trocar a cada ano, caso mudem de áreas de interesse.

Bruno Elander, com informações da Seduc

Foto: Tácio Melo/Secom