Arquidiocese e Cáritas anunciam Centro de Atendimento a crianças vítimas de violência sexual

Para discutir ações de combate e viabilizar a criação de um centro de apoio a essas vítimas, a Arquidiocese de Manaus e a Cáritas Arquidiocesana realizaram nesta quinta-feira (07/04) uma reunião com membros do poder público.

A reunião leva em consideração o fato de que combater a violência sexual contra a criança e o adolescente é uma ação que envolve diversos grupos sociais, como a igreja, entidades do poder público, educadores e a sociedade em geral.

Reunião entre Cáritas e Arquidiocese de Manaus fala sobre criação de centro de apoio à crianças vítimas de violência. Foto: Érico Pena/Asscom Arquidioces de Manaus

Segundo o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, é fundamental unir forças para enfrentar o problema.

“A Arquidiocese tem um trabalho extraordinário de acompanhamento a crianças e adolescentes que sofrem violência, especialmente a violência sexual. Nós queremos dar continuidade e ver como nós podemos apoiar  e atuar melhor em outras regiões, já que existe um trabalho extraordinário feito na cidade Manaus. E assim poderemos ser ainda mais atuantes”, disse.

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A sugestão é que o Centro Integrado seja instalado junto à Delegacia especializada de proteção à Criança e Adolescente, no bairro Aleixo. O padre Hudson Ribeiro explicou como vai funcionar a criação do Centro Integrado.

“Existe um recurso que foi liberado pelo Ministério Público do Trabalho para o governo do estado e existe uma lei estadual. Gostaríamos de discutir para que as providências sejam tomadas. E que isso não fique apenas em uma discussão, mas seja efetivado. Gostaríamos que esse Centro Integrado saísse do papel, já que existe recurso para isso e existe uma legislação própria para isso”, destacou.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, 467 casos relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes foram registrados no Amazonas. Entre eles estupro e importunação sexual. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado e mostram que cada vez mais ações de combate e a união de forças contra o problema são necessárias.

Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar