Por vender reiteradas vezes produtos impróprios para o consumo e se negar a assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a rede de supermercados DB responderá na Justiça pelas constatações de infrações ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). Os flagrantes ocorreram entre 2021 e 2023, em fiscalizações do Procon/AM e da Vigilância Sanitária municipal (Visa-Manaus).
As informações são do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), autor da Ação Civil Pública (ACP) 0905438-54.2024.8.04.0001 protocolada no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na última sexta-feira (23).
De acordo com o MPAM, os flagrantes de venda de produtos impróprios para o consumo ocorreram nas unidades Empório Adrianópolis, Hiper Ponta Negra, Hiper Paraíba/Humberto Calderaro e Campos Elíseos.
A ACP teve como base relatórios do Procon/AM. Neles, há constatação de irregularidades, como venda de produtos vencidos, latas amassadas, embalagens violadas, produtos sem data de validade, entre outras questões. A fiscalização identificou mais de 600 itens impróprios para consumo em unidades da rede DB.
Conforme a promotora de Justiça responsável pelo caso, Sheyla Andrade dos Santos, a ACP busca, entre outros pontos, a condenação da empresa ao pagamento de R$ 1,3 milhão a título de indenização por dano moral coletivo.
O MPAM também pede punição com base no Artigo 95 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). D acordo com o dispositivo, as vítimas podem buscar, individualmente, a reparação por perdas e danos.
Em resumo, o Supermercado DB alegou ao MPAM que os problemas flagrados são resultado dos desafios operacionais da empresa, devido à grande escala.
A Rádio Rio Mar procurou a rede DB, que preferiu não se pronunciar.
Histórico no Procon/AM
O Procon/AM afirma que recebeu 112 denúncias de consumidores contra os supermercados DB, desde 2021. No mesmo período, de acordo com o órgão, foram 65 autos de infração e R$ 6.337.172,01 em multas à rede de supermercados.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Fotos: Visa Manaus e Reprodução/Maps