Para os cientistas, não há dúvidas sobre a importância da testagem em massa da população como forma de conter a Covid-19 e prevenir o aparecimento de novas variantes mais contagiosas ou letais do coronavírus. O problema é que, mesmo há quase um ano de pandemia, a testagem em massa no Amazonas ainda não aconteceu. O equivalente a apenas 16% da população foi testada, incluindo testes rápidos e RT-PCR.
Para o virologista da Fiocruz Amazônia, Dr. Felipe Naveca, esse tipo de testagem é necessária, mesmo em um cenário com a vacina. “Primeiro, porque ainda estamos muito longe de conseguir vacinar uma parcela significativa da população, segundo porque é preciso identificar possíveis casos de falha vacinal em um cenário de emergência e a circulação de novas variantes”, destaca.
Nas duas primeiras semanas de fevereiro, o Estado realizou 9.482 testes para Covid-19 com o método RT-PCR, aquele em que é introduzido um cotonete pelo nariz, considerado padrão ouro pela confiabilidade do resultado. 40% das pessoas testadas até o dia 14 estavam infectadas. No mês de janeiro, mais da metade testou positivo.
Apesar de parecer uma grande quantidade de testes, o epidemiologista da Fiocruz Amazonia Jesem Orellana diz que é preciso considerar que os testados estão doentes, por isso a taxa de positividade é alta. A partir da testagem em massa, é possível identificar casos de recém infectados e rastrear as pessoas com quem o infectado teve contato.
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Ana Maria Reis – Rádio Rio Mar