Após criança cair em igarapé, vereador apresenta projeto de placas de alerta para segurança

O menino identificado como Pablo, de 6 anos, morreu afogado após cair no igarapé do 40, no Prosamim da Cachoeirinha, zona Sul de Manaus. Segundo moradores, a criança caiu na água na última sexta-feira, mas os mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo no sábado. Testemunhas informaram que o menino estava brincando com alguns amigos quando escorregou e caiu na água. Colegas da criança pediram socorro após perceber que ele havia sumido.

Nesta semana, o vereador Marcel Alexandre (Podemos) citou em plenário o caso da criança.  O vereador informou que foram registrados 1.422 casos de óbitos acidentais registrados de janeiro a maio de 2022. Segundo Marcel não se deve esperar atualizar a lista de óbitos para tomar uma providência. Conforme o parlamentar, medidas simples fazem diferença e podem salvar vidas.

Um levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático com dados do SUS, publicado este ano, mostra que 1.480 crianças morreram por afogamento em todo o país no ano passado. O estudo aponta ainda que o afogamento é a segunda causa de morte mais frequente entre as crianças de 1 a 4 anos.

O último relatório da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) alerta que 75% dos óbitos em meio aquático ocorrem em rios, lagoas e represas. Além disso, mais de 80% das mortes ocorrem pelas vítimas ignorarem os riscos, não respeitarem limites pessoais.

Afogamentos

–  Caso presencie um afogamento, só tente salvar a vítima se for habilitado e esteja em boas condições físicas para a ação; caso contrário, se for possível a aproximação, lance algum objeto flutuante (boia, isopor, prancha, etc) que ajude a vítima a flutuar ou que possa agarrar e ser tracionada para a margem (cordas, galhos com boa resistência, etc);

– Acione o guarda vidas ou o Corpo de Bombeiros Militar através do telefone de emergência 193;

– Piscinas de clubes e condomínios devem possuir acessos restritos e placas com informações;

– Pais e/ou responsáveis devem dedicar atenção integral às crianças;

– A existência de guarda-vidas não substitui a atenção e responsabilidade dos pais e/ou responsáveis;

– Não faça uso de bebidas alcoólicas antes ou durante a permanência na água;

– Obedeça às orientações e determinações dos guarda-vidas;

-Respeite as sinalizações de alerta e proibição;

-Evite brincadeiras que coloquem a segurança em risco, tais como “briga de galo”, “caldo”, competições de apneia (segurar o fôlego), entre outras;- Evite mergulhos “de ponta” em locais que não possuam conhecimento sobre a profundidade e relevo subaquático.

Em rios, balneários e piscinas

– Alimente-se com moderação, prefira comidas leves e não mergulhe alcoolizado;

– Procure sempre um local com segurança de guarda-vidas;

– Sempre que for nadar, avise um parente sobre o local para onde está indo e a hora programada para retorno;

– Crianças não devem brincar em piscina sem a supervisão de um adulto. Mas não as deixe sob cuidados de pessoas estranhas;

– As crianças não devem brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água ou simular que estão se afogando;

– Não permaneça perto de embarcações;

– Cuidado com o limo nas pedras ele pode fazer você escorregar e cair na água;

Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar