O cardeal da Amazônia e Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Leonardo Ulrich Steiner, comunicou, nesse domingo, 09 de novembro, durante celebração eucarística, que apresentou sua carta de renúncia ao Papa Leão XIV.
O gesto cumpre a norma do Código de Direito Canônico, que estabelece a entrega do pedido de renúncia pelos bispos ao completarem 75 anos de idade, data alcançada por Steiner na última quinta-feira, 06 de novembro.
A celebração reuniu o clero arquidiocesano, o bispo emérito Dom Luiz Soares Vieira e os bispos auxiliares, Dom Hudson Ribeiro e Dom Samuel Lima. Na ocasião, Dom Leonardo expressou gratidão pelo serviço desempenhado na Arquidiocese de Manaus.
Eu apresentei a carta de desgoverno da arquidiocese, assim como é obrigação, eu apresentei já o Papa e vamos ver o que vem. Mas eu queria agradecer essas palavras todas, gestos de afeto, de carinho, de proximidade, mas especialmente gostaria de agradecer as orações de cada um, de cada uma. Assim, nos sentimos mais igreja, nos sentimos mais igreja. Eu sou muito grato a Deus. Eu sou o 13º de 16, uma família cujos pais profundamente religiosos nos ensinaram desde o pequeno a rezar. Venham de uma comunidade pequena, de origem alemã, onde todos os cantos e orações naquele tempo ainda eram em alemão. Uma comunidade muito pequena, mas uma comunidade muito ativa.
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Ordenado sacerdote em 1978 e nomeado bispo em 2005, Dom Leonardo foi designado pelo Papa Francisco para a Arquidiocese de Manaus em 2019, sucedendo Dom Sérgio Castriani, que se afastou por motivos de saúde. Três anos depois, tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia, marco histórico para a Igreja na região.
Natural de Forquilhinha (SC), Dom Leonardo tem trajetória marcada pelo diálogo inter-religioso, a defesa das comunidades tradicionais amazônicas e a busca por justiça social. Foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispo auxiliar de Brasília e participou, em maio deste ano, do conclave que elegeu o atual pontífice.
Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar